5 de abril de 2010

REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO




“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino”. Paulo Freire





Segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1999), estágio é “aprendizado, exercício, prática, tirocínio. Situação transitória, de preparação. Aprendizado de especialização que alguém faz numa repartição pública ou particular”. (p. 827).
Neste momento de reflexão que antecede o estágio, devo concordar com a definição da palavra quando diz que é APRENDIZADO, pois com certeza sempre que estamos em frente a uma turma de alunos, a troca é evidente. É EXERCÍCIO, pois é o momento de revelar as aprendizagens adquiridas ao longo dos semestres anteriores. Com certeza é PRÁTICA, pois neste período também aplicarei a minha experiência de trinta anos de magistério. É TIROCÍNIO, pois muitas situações deverão ser resolvidas pela nossa capacidade de percepção, de discernimento. Conhecer a turma, já que trabalho com ela, acredito que vai facilitar muito o meu trabalho, mas mesmo assim não me deixa tranqüila.
A sala de aula é um espaço privilegiado para as trocas de saberes e de confronto entre a teoria e a prática educativa. A fase de estágio é realmente um momento muito oportuno de aprendizagens, permitindo vivenciar uma série de atividades educacionais, sentir o calor humano da sala de aula, provocando uma reflexão e aprimoramento enquanto educadora.
A idéia do professor reflexivo se manifesta no pressuposto de que o ser humano é um ser criativo e não um mero executor de idéias e práticas que lhe são exteriores. Nessa perspectiva posso dizer que diante da incerteza e imprevisibilidade do seu trabalho, o educador deve agir de modo inteligente e flexível.
Assim, educar não é transmitir de forma mecânica e enfadonha os conteúdos, é preciso que a prática docente esteja pautada na ação-reflexão-ação, ou seja, agir para refletir e refletir para agir. Educar é algo de extrema importância, quando percebemos a educação não como local de reprodução de conhecimentos, mas momento de construção de saberes para formar sujeitos críticos e ativos para a sociedade. Ainda posso dizer que é pela reflexão que se abrem novos caminhos para a prática docente evitando a simples reprodução do modo de ensinar conhecido na minha infância.
Desse modo, nesta semana, procurei refletir e analisar as dificuldades encontradas na sala de aula para que assim pudesse melhor compreender e reconstruir minha prática, na intenção de melhorar o processo de aprendizagem dos meus alunos.

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