15 de maio de 2010

COMPARTILHANDO COM COLEGAS

Nesta semana estava conversando com uma colega e ela reclamava do quão difícil está de trabalhar com uma determinada turma da escola. Reclamação esta que é de todos os professores que ali atuam. Ela dizia, e eu sempre vejo, que quase todos os dias, o supervisor ou a direção tem que entrar para colocar ordem na turma. São rebeldes, mal educados com os professores e não querem nada com nada.
Ouvia colega e depois falei. Perguntei a ela se já haviam tentado mudar a metodologia com a turma, pois são alunos com distorção idade/série e talvez algumas mudanças fizessem bem a eles. São alunos que não querem mais o "feijão com arroz". Disse a ela, que talvez mudar as técnicas, os recursos, levar novidades, ajudassem a melhorar a turma.
Talvez em outra época eu não tivesse dito isto a ela, mas hoje, como já afirmei antes, tenho modificado muito minhas convicções sobre ensino/aprendizagem. O estágio está sendo um grande aprendizado.
Vê-se claramente em meus alunos pequenos, que as mudanças, até agora só tem ajudado e melhorado, por que com esta turma também não poderia dar certo?
Inclusive disse a minha colega, que talvez estivessem precisando de mais atenção, carinho, uma boa conversa. Alguém que lhes diga o caminho. Talvez estejam somente um pouco perdidos.
Não sei se minha conversa com ela vai ter retorno, Muitos de nossos colegas consideram algumas metodologias, técnicas, recusrsos, inviáveis de serem aplicados, porém a prova de que isto não é verdade, estou tendo neste meu momento profissional.
Como diz Fernando Hernández, "Sabemos que se aprende melhor quando os aprendizes se sentem envolvidos no que aprendem". Será que os conteúdos que estão sendo desenvolvidos nesta tuma são interessantes para eles? Ou, a forma como eles estão sendo desenvolvidos lhes é atraente, ao ponto de quererem participar das aulas?
Se o envolvimento e o interesse não forem das duas partes- professor/aluno- não haverá aprendizagem por parte de um nem de outro.
Este fato ocorreu fora da minha sala de aula, mas foi um momento em que pude demonstrar minha vivência atual e o que aprendi durante o curso.

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Cleide querida,

Adorei sua postagem, vc escreve com muita tranquilidade e sabedoria um fato que ocorreu em seu trabalho. Mas o que mais me chamou atenção em sua postagem foi justamente a paret que vc escreve que: "Talvez em outra época eu não tivesse dito isto a ela, mas hoje, como já afirmei antes, tenho modificado muito minhas convicções sobre ensino/aprendizagem. O estágio está sendo um grande aprendizado."
Então pergunto: que outra época... ante e depois do PEAD? É do curso que te referes? O curso mexeu com sua prática docente, como?

Bjooooo