26 de novembro de 2008

PROJETO DE APRENDIZAGEM

O QUE APRENDEMOS COM NOSSO PROJETO " A COR DOS OLHOS":

No link abaixo, estão nossas aprendizagens.

http://peadcordosolhos.pbwiki.com/TEXTO+FINAL+-+Resposta+à+pergunta+geradora

Realizar este projeto instigou a curiosidade, a vontade de saber mais e também provou que trabalhar com projetos não tão difícil e complicado como eu pensava.
CONCLUSÃO SOBRE NOSSO PROJETO TEMÁTICO

Após as entrevistas, a tabulação de dados, as comparações de comportamentos no quadro resumo, as discussões entre os componentes do grupo e as referências teóricas estudadas, concluímos que maturidade é a melhor palavra para definir esta etapa da vida adulta.
Nossos entrevistados conseguiram fazer uma reflexão e crítica de seus comportamentos na juventude e na atual fase de suas vidas. As pessoas, no geral, demonstraram satisfação com sua situação de vida, com relações mais estáveis e com projetos mais objetivos dentro das possibilidades reais. Esta fase da vida tem muitas fontes de prazer, diferentes das do tempo da juventude, mas vividas mais intensamente. Os amigos que antes ocupavam um grande espaço perderam terreno e a família aparece como uma das fontes de prazer mais citada. Em relação aos seus sentimentos, as pessoas atingiram a maturidade emocional. Houve o desaparecimento das instabilidades da idade adulta jovem. Valorizam-se e colocam menos expectativa no outro.
Em relação ao sexo, aos 20 anos observamos o início do amadurecimento sexual, relatado por Erikson, com a liberdade de experimentar a sexualidade, mas sem poder assumi-la com responsabilidade. Na idade adulta há um maior investimento do ser em si e na realização dos seus prazeres, a tranqüilidade quanto ao sexo também se faz presente. Embora nossos entrevistados digam que consideram o sexo como algo natural, aberto, sem restrições, nenhum deles citou sexo como fonte de prazer, o que na nossa opinião demonstra que sexo é tabu, mesmo na maturidade.


Trabalhar este tema foi emocionante, gratificante e nos rendeu muitas aprendizagens, afinal pudemos conhecer melhor pessoas muito próximas, que nos colocaram fatos sobre os quais nunca havíamos conversado.

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Neste semestre as disciplinas estavam muito ligadas uma com a outra, o que colaborou, e muito,para a realização dos trabalhos. Leituras de uma disciplina complementava as leituras de outra.
Em Organização e Gestão da Educação, participamos de um Fórum sobre Profissionais da Educação, após muitas leituras. Coloco aqui as minhas participações e sugiro que quem tiver oportunidade de ler todo o conteúdo o faça, pois na grande maioria das postagens está a indignação de todos nós professores. Posso dizer que o PEAD muito tem contribuído para esclarecimentos e dúvidas que eu tinha e com certeza está "abraindo meus olhos" em muitos aspectos.

FÓRUM:

Sou professora nomeada no município de São Leopoldo, com dois cargos (40 horas). No primeiro há quase 29 anos e no segundo há 8. Em meu município temos um Plano de Carreira que contempla horas " atividade e horas " aula. Para as " horas atividade", temos um segundo professor que chamamos de P2, que trabalha com a turma. O Plano de Carreira prevê duas formas de progressão: a horizontal, que é feita através de letras, onde a valorização é pequena (a cada 1065 dias, mais ou menos 30 reais) e a vertical, sendo que nesta, a remuneração para a graduação é de 20% sobre o básico (que é mais ou menos 800 reais) e para a pós 30% do mesmo básico. Considero importante termos nosso Plano de Carreira, mas ele ainda está defasado em relação aos avanços financeiros. Acho injusto uma pessoa estudar quatro anos, para que no final seu salário seja reajustado em 160 reais(mais ou menos). Não tenho condições de trabalhar somente 20 horas, então preciso estudar à noite e nos finais de semana, privando-me de minha família. Minha formação superior está me ajudando para mudar minha prática pedagógica, porém não me dá suporte para lidar com a realidade que encontro na escola, pois os recursos são insuficientes, o número de alunos é muito elevado, faltam materiais e professores. As famílias não participam da vida escolar e cada vez mais o professor deve dar conta de tudo. Não considero meu salário baixo, mas é insuficiente para o mundo em que vivemos. O piso nacional de 950 reais por 40 horas de trabalho avalio como ridículo, até uma ofensa, pois por 20 horas o município de São Leopoldo para quase isso, e já é pouco. O sindicato de nossa classe aqui em São Leopoldo é o CEPROL. Já participei ativamente dele, porém nos últimos tempos me afastei, pois o mesmo tem ficado nas mãos das mesmas pessoas, que estão modificando sua caracterização, transformando-o em trampolim para a política ao invés de ser uma entidade que luta por sua classe.

Continuando minhas considerações...
Acredito que as condições de trabalho dos docentes hoje estão muito precárias.
Hoje as escolas estão abarrotadas de alunos.
Um belo auditório deixa de sê-lo, para transformar-se em sala de aula. E aí, recursos como vídeo, DVD, entre outros, deixam de ser utilizados com os alunos.
Uma biblioteca invejável, com muitos recursos, pode ser utilizada duas vezes por semana somente para pesquisa dos alunos porque foi “transformada” em sala de projetos e de reforço. E quando o professor pode usar esses recursos com seus alunos?
Uma simples brincadeira no pátio fica prejudicada porque os materiais disponíveis para isto estão em estado precário.
Sem falar na falta de professores. Muitos estão afastados por depressão, stres ou outros tipos de doença decorrente da profissão.
Mas mesmo assim não desistimos, acreditamos que vai melhorar.
Nosso salário mal dá para o básico. Pensar em uma formação? Um livro? Uma assinatura de revista? Um bom curso de aperfeiçoamento? Nada disso, porque senão o salário não chega ao fim do mês... Mas vamos seguindo, mesmo enxergando as injustiças, mesmo vendo que alguns ganham tanto sem merecer, sem fazer nada de bom, às vezes até roubando da população que é tão carente de tudo. Algum dia isto vai mudar? Quando os professores serão realmente valorizados?

GESTÃO DEMOCRÁTICA

Na disciplina Organização do Ensino Fundamental deveríamos participar de um Fórum sobre Gestão Democrática, a partir de alguns vídeos e textos. Estes, foram muito esclarecedores e me ajudaram nas participações no Fórum, as quais coloco aqui para demonstrar as minhas aprendizagens.Também coloco o texto com minhas reflexões, que deveria ser feito após a participação noFórum.

FÓRUM:

Em primeiro lugar a gestão democrática só pode existir quando nas decisões são contempladas as idéias e participação de toda comunidade escolar. As resoluções não podem partir de cima e muito menos ser unilaterais. Quem está dentro da escola é quem deve decidir, juntamente com seus interessados o que é melhor ou pior, o que serve ou não para quem ali passa boa parte do seu dia. Na gestão democrática, a direção não pode ser omissa e muito menos submissa. Tem que haver diálogo entre as partes. Também não pode ser manipuladora e deve ser imparcial em suas decisões e atos. O que é para um deve ser igual para todos, sem haver preferências ou protecionismo.

Também para se configurar a gestão democrática, o governo também o deve ser. Uma escola não é igual a outra, portanto o que às vezes pode ser bom para uma escola, não serve para a outra. A escola deve ter autonomia para criar, tomar decisões, modificar o que for preciso, sem pressões. A direção, juntamente com sua comunidade escolar deve ser autônoma em suas decisões. Já vi acontecer, nestes meus 28 anos de magistério, escolas que funcionavam muito bem verem tudo o que se havia conquistado cair por terra após uma mudança de governo. Aquilo tudo que funcionava muito bem não valia mais nada porque seriam outras pessoas no \ “comando\" e elas não pensavam como as anteriores. Os interesses políticos não podem prevalecer. E na maioria das vezes isto não é levado em consideração.

A democracia é algo que estamos correndo atrás há muito tempo. E muitos ainda não entenderam o sentido desta palavra. Também concordo com as colegas que a eleição da direção é um grande passo em sua direção. Em nosso município, reconquistamos esta conquista, após nos ter sido tirada há alguns anos. Na escola temos reuniões onde as decisões são tomadas em conjunto, com discussões e votações. Mas ainda não conseguimos uma forma de chamar os pais para a escola. A participação dos mesmos é muito pequena e os que aparecem são sempre os mesmos. Vivemos um momento em que pais culpam a escola pelos problemas encontrados como violência, indisciplina, drogadição, falta de aprendizagem. A escola não pode suportar com tudo sozinha. Muita coisa não é competência dela, mas sim dos pais. Este é um problema que ainda falta muito para se achar a solução.


REFLEXÃO:


Os estudos deste semestre levantaram questões muito importantes, mas que muitos professores não têm conhecimento, ou por acharem que não é de seu interesse ou por falta de informação.
No decorrer deste ano, fizemos a reconstrução de nosso Projeto Político Pedagógico, num processo em que se procurou ser o mais democrático possível, com a participação de toda comunidade escolar (professores, funcionários, alunos, pais). Contudo a participação dos pais foi muito baixa, não tendo tido o retorno esperado e desejado.
Vivemos num processo onde buscamos a democracia, porém muitas pessoas ainda não têm o entendimento necessário deste processo.
Em uma escola, a gestão democrática é o principal requisito para que se tenha uma educação de qualidade.
Numa demonstração de governo democrático, reconquistamos em nosso município a eleição de diretores. Mas somente isto não basta para configurar uma gestão democrática. As pessoas envolvidas na direção precisam demonstrar imparcialidade, comprometimento, responsabilidade, autenticidade, frente à comunidade escolar.
O Regimento Escolar é outro documento importante, que precisa ser construído de acordo com a realidade escolar. Assim como o PPP deve ter registrado o que se deseja alcançar, o Regimento deve conter os meios para se alcançar estes objetivos. Portanto, estes documentos devem ser construídos pela comunidade escolar para que contemple a verdadeira realidade daquele meio.
Outro processo de gestão democrática foi a implantação do Grêmio Estudantil nas escolas municipais. Através dele os alunos têm a possibilidade de participar mais ativamente dos assuntos escolares.
A prestação de contas à comunidade, a clareza e transparência na comunicação dos gastos e a participação de todos nas decisões de onde os recursos serão investidos, são também fatores importantes na gestão democrática.
Exercer a democracia no ambiente escolar implica em desacomodação. É saber ouvir e respeitar. É aceitar novos pensamentos. É a inclusão da comunidade escolar nas decisões. Assim, teremos uma escola real e justa, que estará em comunhão com a realidade e necessidades daqueles que a compõem.

DIRETRIZES CURRICULARES

Na disciplina de Organização e Gestão da Educação, outro trabalho foi sobre as Diretrizes Curriculares, onde deveríamos selecionar uma diretriz de qualquer instância normativa (CNE, CEED/Rs ou CME) e elaborar um parecer sobre as orientações curriculares que oferece, considerando a realidade da escola em que atuamos.
Minha escolha foi pela Resolução CNE/CEB n° 2, de 11 de setembro de 2001,que institui diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Esta escolha se justifica pelo fato de que trabalhei por quatro anos com crianças com necessidades especiais, em minhas classes regulares. Foi um desafio muito grande, pois não tinha nenhuma formação e a escola não estava preparada para receber estes alunos.
A partir da leitura da Resolução, tomei conhecimento que tinha direito a muitos recursos, que não me foram oferecidos, por falta de estrutura da escola e do município.
Abaixo o meu relato:

MÓDULO 6 – PARECER

Trabalho em uma escola municipal localizada em um bairro industrial da cidade. Os alunos moram em vilas e bairros afastados da escola e por este motivo a Prefeitura Municipal oferece transporte escolar gratuito. São comunidades carentes, na maioria com famílias desestruturadas, que não acompanham o rendimento escolar de seus filhos.
A escola atende alunos do 1° ao 9° Ano (em implantação, pois ainda atendemos a modalidade seriada) pela manhã e à tarde e Educação de Jovens e Adultos no turno da noite.
Para a realização do trabalho, optei pela Resolução CNE/CEB n° 2, de 11 de setembro de 2001, pois a mesma institui diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica e por alguns anos, tive em minhas classes regulares, alunos com diferentes necessidades especiais. O mais assustador e impactante na época, foi trabalhar com um aluno acometido de paralisia cerebral e limitações físicas e com uma aluna com Síndrome de Down.
Minha reação foi esta porque não tinha nenhum tipo de experiência ou formação que me desse condições de trabalhar com estes alunos.
A escola acolheu sim os alunos com necessidades especiais, porém sem nenhuma estrutura, nenhum apoio que pudesse me dar um caminho, uma luz. O setor pedagógico da escola se disse tão inexperiente quanto eu. Procuramos o Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão (NAPPI), que faz este tipo de atendimento no município, mas não havia vagas. Este atendimento ocorreu muito tempo depois. Para mim foi um desafio. Tive que buscar sozinha
Cursos e leituras que pudessem me dar condições de trabalhar. Foram quatro anos fazendo vários tipos de planejamento diário: um para cada aluno com necessidade especial (de acordo com as suas condições), outro para os alunos com baixa aprendizagem (que também não deixa de ser uma necessidade especial), e outro para o restante dos alunos.
A lei existe, mas não é cumprida. A inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares é necessária, porém antes de qualquer determinação, as escolas deveriam ser equipadas com infra-estrutura, professores capacitados, material didático diferenciado, mobiliário adequado a alunos com deficiência física, professores auxiliares.
O número de alunos das classes com inclusão, deveria ser menor, pois ninguém, por mais dedicado que seja, por mais que ame seus alunos, por mais que empreenda esforços, consegue realizar um trabalho de qualidade com turmas numerosas. Essas crianças precisam de mais tempo e dedicação que os outros.
As escolas não possuem o que é necessário para este trabalho, mas a lei existe e nós, professores comprometidos que somos, vamos trabalhando, tentando levar estas crianças em frente. Mas no final de cada ano, mesmo sabendo que se fez todo o possível, sempre fica um sentimento de impotência, de querer ter feito mais e não poder, exatamente pela falta de recursos de todos os tipos.
Segundo a Resolução, a família deve ter participação no processo educativo do aluno, mas o que vi nestes anos, foram famílias que não aceitam que seus filhos têm necessidades especiais, que não querem discutir o assunto nem com a professora, nem com especialistas. Consideram que o professor é um mágico e que num estalar de dedos transformará a vida de seus filhos.
A Resolução ainda prevê uma sala de recursos, onde os alunos serão atendidos por professores especializados. No nosso município existe uma sala deste tipo. O aluno é atendido uma vez por semana, por um período de mais ou menos uma hora. Poucas crianças são beneficiadas por este recurso, pois as solicitações são muito maiores do que as vagas oferecidas.
Levando em consideração o que foi dito até aqui, considero que minha escola, nem o município estão preparados para cumprir esta Resolução.
Em primeiro lugar as escolas devem ser preparadas para receber estes alunos, começando por rampas de acesso ao ambiente escolar (muitas vezes carreguei meu aluno no colo para levá-lo ao segundo piso onde ficava a sala de vídeo e também para levá-lo ao banheiro), jogos didáticos que sejam adequados a essas crianças (o NAPPI ofereceu-me alguns jogos, pelos quais eu ficaria responsável, assinando um termo, dizendo que os devolveria intactos ao final do ano. Que criança não perde peças de jogos? A não ser que não os utilizem), classes e cadeiras adequadas, tapetes para brincadeiras no chão,pois a criança fica cansada de estar sentada (na época consegui a doação de um tapete para colocar na sala), cursos de formação para os professores terem condições de trabalhar (durante este tempo foi oferecido um curso, porém não cheguei a terminá-lo, pois o mesmo não tratava daquilo que eu esperava e procurava), professores capacitados e especializados, para dar suporte constante. E principalmente a escola deve adequar o seu Projeto Político Pedagógico de acordo com estas necessidades e legitimar em seu Regimento Escolar estes objetivos, lutando junto a sua comunidade escolar para obter estas conquistas.


A Resolução pode ser lida em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEBO201.pdf

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA


Na disciplina de Organização e Gestão da Educação, realizamos um trabalho sobre sobre Financiamento da Educação Básica. Falamos sobre o FUNDEB e Alimentação Escolar. Deveríamos escolhar um para desenvolver o trabalho.

Minha opção foi pela Alimentação Escolar, pois por muito tempo fui a responsável pela Merenda Escolar em minha escola. Pesquisei na página do município de São Leopoldo e a partir da lei do Conselho Municipal de Alimentação Escolar - CAE - desenvolvi meu trabalho.

Pela experiência de ter trabalho dentro deste setor na escola, posso dizer que em nosso município este setor é fiscalizado através dos formulários que são remetidos à SMED mensalmente e quando necessário na própria escola, pela funcionária designada para isso da própria SMED.

Foram tantos anos trabalhando com a merenda qua pude notar uma melhora evidente na oferta. Foram introduzidas as frutas e verduras, que são muito importantes na alimentação e a qualidade do que é oferecido teve um avanço considerável.

Considero a merenda escolar importantíssima, pois para muitos de nossos alunos esta é a principal refeição do dia. Por isso a importância da fiscalização dos membros do CAE, para que nossos alunos continuem recebendo merenda de qualida