8 de novembro de 2010

SÉTIMO SEMESTRE



No sétimo semestre, os conceitos estudados nas interdisciplinas tiveram uma grande relação.
A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, nos trouxe a importância do planejar. Os estudos revelaram que há necessidade de uma reflexão entre professores e direção, unificando os objetivos, a teoria e a prática, para que as ações e estratégias levem ao alcance dos objetivos. Planejar requer questionamentos: para que e para quem se planeja? O planejamento deve estar embasado em referências onde os envolvidos discutam e posicionem-se, optando por ações que elejam a integração, identificando a utilidade deste, que deve ser de atender as necessidades de nossos educandos, para que compreendam a sociedade em que vivem, e que sejam cidadãos capazes de se posicionar em suas comunidades, sejam autônomos, críticos, solidários e sejam livres para fazer as suas escolhas.
A interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos foi muito gostosa, pelo fato de ter trabalhado por quase dez anos com esta modalidade de ensino. Claro que naquela época não tinha os conhecimentos que tenho hoje, pois os poucos cursos que foram oferecidos, não me deram embasamento, mas a minha força de vontade e gosto por trabalhar com adultos me fizeram ir em frente. Um dos trabalhos realizados nesta interdisciplina foi uma entrevista com professores de EJA. E para mim não foi surpresa, ao final da pesquisa, verificar que estes professores não estão preparados para trabalhar com estes alunos. Ou os infantilizam, tratando-os como crianças, ou acham que não tem condições de aprender. No meu conceito de EJA, vejo que estes são alunos que foram excluídos da escola por “n” motivos e aqui entra o planejamento sobre que falava anteriormente: o planejamento para estes alunos deve vir de encontro às suas realidades, assuntos do seu interesse e vivência, para que não desistam dos estudos e sigam com os seus objetivos. Hoje tenho alunos que começaram comigo na Etapa I e se formaram no ensino médio e também uma aluna que está cursando Psicologia na Universidade.
Na interdisciplina de Libras, fiquei encantada com a primeira aula presencial. Primeiro fiquei meio desconfortável quando vi que a professora era surda...porquê??
A medida que aula foi se desenvolvendo, tive que reconhecer que era um pouco de preconceito e outro bastante de ignorância sobre o assunto.
A forma como a professora conseguiu se comunicar com a gente foi incrível. Ouvir suas mãos e gestos, falar sem nada dizer, descobrir que existe caminho para todas as situações foi maravilhoso!
Primeiro tive que fazer desconstruções, como: não se diz surdo/mudo e sim surdo; todos são capazes, basta querer e aprender; LIBRAS é uma língua, e não é um código mundial, é a nossa língua de sinais, assim como o português é nossa língua.
Rimos das piadas da professora, fizemos brincadeiras e foi tudo muito bom e natural.
Aprendi que pessoas surdas tem totais aptidões para qualquer tipo de atividade, apenas as realizam diferentemente de nós e que para qualquer problema existem soluções e caminhos.
A interdisciplina de Linguagem e Educação, em uma de suas atividades, nos levou a pensar ou repensar nossas práticas pedagógicas.
A leitura do Texto 2 – Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006), nos fez concluir que realmente a escola precisa mudar as práticas de letramento que utiliza a escrita e a leitura como algo diferenciado da realidade do aluno. Escola e educadores trabalham textos alheios ao contexto social dos mesmos,não suscitando o interesse.
É muito importante que se priorize a oralidade e as vivências dos alunos, com isso se estará reproduzindo situações do seu cotidiano, que são de seu interesse.
Conversar com os alunos, ouvir suas histórias, brincadeiras, jogos, poesias entre outros recursos, trazem aprendizagens significativas e diversão. Trazer o contexto dos alunos para dentro da sala de aula, aproxima-os da escola e faz com que tenham vontade de saber cada vez mais, despertando a curiosidade e a criatividade de cada um.

17 de outubro de 2010

SEXTO SEMESTRE


O sexto semestre nos trouxe questões importantes sobre a inclusão escolar e a questão étnico-racial nas escolas.
Destaco a interdisciplina de Educação de PNEEs que me trouxe conhecimentos muito importantes. Trabalhei por quatro anos com duas inclusões em minha turma. Foi algo novo para mim, pois não conhecia nada sobre inclusão. Através desta interdisciplina obtive informações sobre as quais não tinha conhecimento e que se soubesse na época, poderia ter ajudado muito mais meus dois alunos. Considero que a inclusão pela inclusão somente, não surte efeitos. Há necessidade da preparação dos professores para que tenham condições de trabalhar com estes alunos especiais.
Na interdisciplina de Filosofia da Educação, trabalhamos sobre o conflito moral, com o qual muitas vezes nos deparamos na escola e temos dificuldades em resolver. Esta questão ficou clara, nos dando suporte para resolver algumas questões que enfrentamos frente aos alunos.
Na interdisciplina de Questões étnico Raciais, concluí que nós professores, como formadores de opinião, devemos trabalhar muito a questão do preconceito com nossos alunos. A criança às vezes não tem a maldade para com os colegas, porém alguns trazem de casa conceitos bem desenvolvidos, que devem ser muito bem trabalhados pelo professor.
Na interdisciplina de Psicologia II, trabalhamos sobre a importância da construção do conhecimento, pois quanto mais estimulado o aluno estiver, mais interesse terá em construir a sua aprendizagem e inovar na forma de fazê-lo.

QUINTO SEMESTRE


No quinto semestre trabalhamos diferentes atividades. Destaco a organização e desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem na interdisciplina do Seminário Integrador. Em grupo, desenvolvemos o Projeto: “Por que os olhos tem cores diferentes? Através deste projeto, descobrimos diferentes peculiaridades sobre a cor dos olhos e também constatamos, algo que para mim parecia quase impossível, realizar um trabalho em grupo virtualmente, ou seja, sem o grupo se encontrar. Para mim uma experiência nova e que considero, hoje, totalmente viável de fazer. O envolvimento dos componentes do grupo foi muito bom e considero que realizamos um excelente trabalho.
Na interdisciplina de Psicologia, também organizamos um Projeto: Prazeres da Vida Adulta, onde através de entrevistas com, comparamos os prazeres desta fase da vida com a adolescência. As entrevistas foram surpreendentes e pudemos constatar que na fase adulta, nos centramos muito mais em nossa família e buscamos o equilíbrio emocional, tornando nossos familiares o centro de nosso convívio e preocupações.
A realização destes PAs contribuiu muito para a minha aprendizagem, principalmente na questão da pesquisa, que hoje é o foco do meu TCC. Trabalhar com projetos, é uma proposta que garante a flexibilidade e a diversidade da experiência educativa. Este tipo de trabalho deve atender a curiosidade e interesse dos alunos, o que torna a aprendizagem muito mais prazerosa e interessante.
Nas interdisciplinas de Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação realizamos reflexões sobre a gestão democrática na educação, que deve ser construída por todos os sujeitos pertencentes à comunidade escolar. Entendo gestão democrática, como uma forma de oferecer uma educação de qualidade onde todos tomem parte das decisões e ações relativas ao ensino e ao funcionamento da escola.

10 de outubro de 2010

QUARTO SEMESTRE


Retomando os estudos do terceiro semestre do curso, destaco como mais marcante a interdisciplina de Ciências, pois a mesma proporcionou modificações no meu trabalho como professora.
A partir das atividades realizadas e das aulas passei a colocar em prática novas maneiras de trabalhar a disciplina de Ciências com os alunos, independente da série ou ano.
Nestes estudos percebi a importância de se trabalhar com os conhecimentos prévios dos alunos sobre os conteúdos estudados, e a partir disto, desenvolver atividades significativas para eles, ou seja, atividades que fazem parte de sua vivência.
Também destaco a importância de se trabalhar com o corpo dos alunos, enfatizando que estudar Ciências está ligado ao que vivemos, sentimos, vemos, enfim, estudar Ciências é compreender o funcionamento do nosso corpo e do mundo no qual vivemos e estamos inseridos.
Realizar atividades práticas como ouvir os batimentos do coração, a pulsação, analisar as sombras num dia de sol, observar as mudanças que ocorrem com as mudanças das estações, tornam os estudos prazerosos e interessantes para os alunos, não importando a idade ou série em que se encontram.

TERCEIRO SEMESTRE


Neste semestre as interdisciplinas estavam interligadas e as atividades e leituras serviram para reflexão acerca da minha vida pessoal e profissional.
A experiência de visitar a Bienal foi muito importante para a minha compreensão sobre arte. A interdisciplina de Artes Visuais destacou o valor dos diferentes tipos de arte, salientando o entendimento de que tudo é arte, basta que tenhamos o olhar certo.
Na interdisciplina de Teatro, tive a compreensão que todos podem improvisar e atuar, porém dentro das suas limitações. Posso tentar fazer com que meu aluno atue, porém devo respeitá-lo se não quiser fazê-lo. Posso verificar por mim, pois não gosto de estar exposta em um palco, porém adoro ver atuações de pessoas que tem este dom.
A interdisciplina de Ludicidade e Educação evidenciou a importância da brincadeira na aprendizagem. Nesta interdisciplina realizamos o fórum dos sonhos e percebi que como eu muitas pessoas são cheias de sonhos. Sonhamos sempre almejando uma vida melhor. Se não tivermos sonhos, nossa vida não tem sentido.
A interdisciplina de Música foi prazerosa de trabalhar com os alunos. Para mim foi muito bom também, pois sempre gostei de trabalhar com música em minhas aulas. A partir das atividades e leituras pude refletir sobre a qualidade das músicas atuais e conversar com os alunos sobre saber escolher aquilo que queremos ouvir.
Na interdisciplina de Literatura Infantil pude compreender a importância da contação de histórias, o valor da forma de contar, com entonação, estímulo, entusiasmo. Nossa dedicação ao contar uma história, fortalece o gosto pela leitura e escrita. Boas histórias chamam a atenção e despertam o interesse dos alunos.
Posso dizer que este semestre foi um retorno à minha infância, comprovando que o lúdico é essencial para a criatividade e o desenvolvimento das crianças. Elas tem necessidade de brincar, cantar, se divertir, para que o processo de aprender seja eficaz e interessante.

5 de outubro de 2010

SEGUNDO SEMESTRE



O segundo semestre marcou pelas aprendizagens na interdisciplina de Psicologia. Lembrei vagamente que durante o Magistério havíamos estudado sobre o assunto...ahhh....se tivesse estudado mais...agora teria sido mais fácil e talvez o meu conhecimento anterior tivesse ajudado. As fases...as idades....como eleboram suas aprendizagens...como ocorre o seu crescimento. Os estudos contribuíram muito para o meu entendimento como profissional.

Também na interdisciplina Fundamentos da Alfabetização, o aprendizado foi significativo, inclusive mudando minha concepção sobre alfabetização, pois não me considero alfabetizadora e não gostava de trabalhar com primeira série, ou hoje segundo ano.

Neste ano de 2010, como professora Regente 2, trabalho com dois segundos anos e vejo que minha prática mudou, pois estou gostando muito de trabalhar com estas turmas e achando maravilhoso ver estas crianças crescendo dia-a-dia na leitura e escrita.

1 de outubro de 2010

PRIMEIRO SEMESTRE



Depois de muitos anos afastada da universidade, em 2006 deparei-me com o anúncio que a prefeitura de São Leopoldo faria uma parceria com a UFRGS para os professores sem formação. Levei alguns dias para decidir, pensando que não passaria no vestibular, mas por influência de várias pessoas, familiares, amigos, colegas, optei por tentar. Dei uma estudada em Português e mais com a cara e coragem prestei o vestibular e para minha surpresa, passei.

Em agosto fui satisfeita e curiosa para a primeira aula presencial. Muitas expectativas e angústias sobre o que viria.

Primeiro uma descoberta do desconhecido...tinha computador em casa, mas não sabia nem ligar. Foi um tal de desvendar blogs, pbwikis, rooda, enviar e-mails...sem saber nada...pedindo ajuda em casa, para as colegas, tutoras. Às vezes uma vontade de desistir.

Neste semestre entraram as interdisciplinas EPPPC e ECS.

A primeira com reflexões sobre o PPP, que na na época estávamos reformulando na escola. Os estudos fizeram com que eu tivesse uma participação maior, mais interesse e olhasse com olhar mais crítico o que estava sendo reformulado. Pude contribuir com muito mais qualidade no trabalho realizado na escola.

A segunda com construção de Blog individual e coletivo,textos que considerava difíceis de compreender, me levando a reconsiderar o que é realmente estudar e interpretar.

Neste semestre também a interdisciplina de Tecnologias me angustiou e roubou noites de sono. Fui tateando durante as atividades, sempre pedindo uma ajuda aqui outra ali. Mas sempre me superando e vencendo as barreiras. Aprendendo que só se aprende tentando.

O primeiro semestre marcou pela nova condição de estudante, pois houve a necessidade de adaptação. Trabalhando sessenta horas, precisei coordenar meus horários e muito da compreensão da família. Também foi muito importante a união com as colegas, nas trocas, auxílios e angústias divididas.