28 de maio de 2010

RESPOSTA PARA A POSTAGEM DE 15 DE MAIO

Patrícia, a postagem que fiz no dia 15 de maio, sobre as mudanças de minhas convicções, com certeza são frutos do meu ingresso no PEAD. Em várias situações já afirmei que venho mudando minha prática pedagógica. E agora, aplicando tudo o que aprendi no estágio, só posso confirmar que o curso foi fundamental para estas mudanças. Repito aqui o que escrevi na minha reflexão desta semana: " Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre tem um dono. Deixam de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado." (Rubem Alves)
Minha reflexão desta semana é em cima desta citação de Rubem Alves. Que escola quero para meus alunos? Pássaros presos ou livres? Acredito que antes de começar a Pedagogia na UFRGS, mantinha meus pássaros presos, ou deixava as gaiolas muito tempo fechadas. Hoje tenho a convicção que meus pássaros precisam voar. Sei que não posso ensiná-los a voar, pois isto está denro deles, porém, posso conduzí-los para o voo, deixá-los livres para fazerem suas escolhas. Quero dizer com isso, que os alunos podem ser autônomos em suas aprendizagens. Basta encorajá-los, mostrar-lhes o caminho.
Como diz Piaget: "O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações- problemas".

22 de maio de 2010

SOMOS TODOS APRENDIZES


LIVRO INDIVIDUAL

SACOLA DA LEITURA

Somos todos aprendizes. Não importa o tempo ou a situação. Esta semana, organizei com os alunos a SACOLA DA LEITURA. Esta sacola, será levada para casa, cada dia por um aluno, que é escolhido por sorteio. A sacola contém: o Jornal VS do dia, um livro de poesias, um livro de contos, um livro com história infantil e o livro individual do aluno, onde constam suas produções.
Na minha concepção, achei que esta sacola da leitura faria muito sucesso nas famílias, pois poderiam ler com e para seus filhos e ainda seria um momento de reunão da família. Um momento de incentivo, de vibração ao ver as produções da criança.
Entre os alunos, na sala, ela fez sucesso. Eles vibram sempre na hora do sorteio, mas para minha surpresa, nas famílias a sacola não teve o efeito que eu esperava. Sempre pergunto à criança, no dia seguinte, como foi em casa. São pouquíssimos os pais que se interessam em olhar a sacola, verificar seu conteúdo e ler com os filhos. Muitos nem olham, segundo as crianças. Vejo nelas, quando falam, um pouco de decepção.
Para mim, uma aprendizagem. Pensei que estaria fazendo uma coisa muito boa para as famílias e me enganei. Mas não desisti. A sacola continuará indo para casa todos os dias, porém, a partir da próxima semana, em todo início de manhã, lerei para os alunos uma reportagem do jornal, algo interessante, sobre nossa cidade. Assim, talvez a criança chegue em casa e mostre e leia para alguém da família, estimulando a mais leitura.
Para Vygotsky, " a interação social tem papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e os adultos tem papel importante ao mediar o conhecimento cultural para as crianças e ajudá-las a adquiri-lo." (Usha Goswami, Revista Pátio, abril/2009). A citação só vem comprovar que nós adultos, sejam professores ou familiares precisam e devem incentivar os pequenos no seu crescimento intelectual e considero o exemplo uma das melhores formas.

15 de maio de 2010

COMPARTILHANDO COM COLEGAS

Nesta semana estava conversando com uma colega e ela reclamava do quão difícil está de trabalhar com uma determinada turma da escola. Reclamação esta que é de todos os professores que ali atuam. Ela dizia, e eu sempre vejo, que quase todos os dias, o supervisor ou a direção tem que entrar para colocar ordem na turma. São rebeldes, mal educados com os professores e não querem nada com nada.
Ouvia colega e depois falei. Perguntei a ela se já haviam tentado mudar a metodologia com a turma, pois são alunos com distorção idade/série e talvez algumas mudanças fizessem bem a eles. São alunos que não querem mais o "feijão com arroz". Disse a ela, que talvez mudar as técnicas, os recursos, levar novidades, ajudassem a melhorar a turma.
Talvez em outra época eu não tivesse dito isto a ela, mas hoje, como já afirmei antes, tenho modificado muito minhas convicções sobre ensino/aprendizagem. O estágio está sendo um grande aprendizado.
Vê-se claramente em meus alunos pequenos, que as mudanças, até agora só tem ajudado e melhorado, por que com esta turma também não poderia dar certo?
Inclusive disse a minha colega, que talvez estivessem precisando de mais atenção, carinho, uma boa conversa. Alguém que lhes diga o caminho. Talvez estejam somente um pouco perdidos.
Não sei se minha conversa com ela vai ter retorno, Muitos de nossos colegas consideram algumas metodologias, técnicas, recusrsos, inviáveis de serem aplicados, porém a prova de que isto não é verdade, estou tendo neste meu momento profissional.
Como diz Fernando Hernández, "Sabemos que se aprende melhor quando os aprendizes se sentem envolvidos no que aprendem". Será que os conteúdos que estão sendo desenvolvidos nesta tuma são interessantes para eles? Ou, a forma como eles estão sendo desenvolvidos lhes é atraente, ao ponto de quererem participar das aulas?
Se o envolvimento e o interesse não forem das duas partes- professor/aluno- não haverá aprendizagem por parte de um nem de outro.
Este fato ocorreu fora da minha sala de aula, mas foi um momento em que pude demonstrar minha vivência atual e o que aprendi durante o curso.

10 de maio de 2010

CONHECENDO OS ALUNOS

As tias, com o cartãozinho para as mães que as crianças fizeram para as funcionárias e professoras.


Nesta semana minha temática foi MÃE - RESPONSABILIDADE - PROFISSÕES. Falamos muito nas mães responsáveis por suas famílias, mães que trabalham fora e as que não trabalham. Com esta temática, aprendi a conhecer muito melhor meus alunos. Eles se abriram, contando suas situações familiares. Em nossa comunidade não é costume a família frequentar a escola, então não temos este tipo de informação dos alunos, a não ser que eles contem, mas nem sempre gotam de falar sobre o assunto. A semana foi de muita interação entre os alunos comigo e também com os colegas. Contaram suas histórias, como um desabafo. Eu fiquei surpresa, sabia que ali na turma tem muitas famílias separadas, mas não imaginava algumas situações que foram relatadas.

Tentei mostrar aos alunos, que hoje as famílias não são mais aquelas tradicionais, onde vivem juntos pai, mãe e filhos e que hoje, muitas mães são responsáveis pelo sustento de seus filhos e que são guerreiras dentro de suas profissões.

Trazer as suas histórias de vida, foi bom para os alunos e gratificante para mim.

Segundo Fernando Hernández, em entrevista à Revista Pátio de abril/2009, "sabemos que se aprende melhor: quando os aprendizes se sentem envolvidos no que aprendem; quando se descobre o mundo em companhia de outros". Nesta semana, com certeza os alunos se sentiram envolvidos no assunto e também se sentiram a vontade em falar, pois viram que uma história era parecida com a do outro.

Realmente posso afirmar que juntos se aprende melhor e com muito mais prazer!


1 de maio de 2010

ATIVIDADES QUE REALIZAMOS NESTA SEMANA

ENTREGA DE UMA CARTA À DIREÇÃO
(Com ações concretas que podem ser realizadas na escola para diminuir o lixo, a sujeira e a depredação)

AULA NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA




AULA COM DATA SHOW





CONFECÇÃO DO PRESENTE DAS MÃES(ainda não está pronto)
Também construímos um Blog: http://qzaira.blogspot.com/ , se quiseres visitar, já iniciamos as postagens.






PROJETOS PEDAGÓGICOS?

Pois é Patrícia...aí é que está o problema....nunca trabalhei com projetos e na realidade não sei se a forma como estou trabalhando caracteriza um projeto pedagógico.
Estou desenvolvendo meu trabalho através da temática: " O despertar da leitura através da problematização do mundo". A partir deste tema pretendo que os alunos adquiram o gosto pela leitura, pela produção de textos e a consciência pela preservação, reconhecendo que fazemos parte de um mundo que tem uma diversidade de problemas que afetam as pessoas em geral, mas que podem ser contornados ou solucionados com a boa vontade e a participação ativa de todos. Que todos somos responsáveis pela conservação e a continuidade da existência de nosso planeta.
Dentro desta temática, numa explosão de idéias, os alunos levantaram várias questões, como poluição, preconceito, valores, discriminação, profissões, entre outras. Então, estou trabalhando as questóes semanalmente, tentando colocar "uma questão dentro da outra".
Segundo Rubens Alves, "O mestre não é aquele que anuncia saberes, é aquele que seduz seus aprendizes para o fascínio do mundo." Acredito que esta frase se encaixa bem no meu momento, pois sinto nos alunos um fascínio e uma grande vontade de aprender. Os comentários são gartificantes. Ouço frases como: "Ah já tá na hora de ir embora? A aula tá tão boa!"
Pelo que tenho observado, tenho convicção que meus alunos estão fascinados por esta forma de aprender. As pesquisas, os debates, a interação com os grupos, as atividades realizadas em casa com o auxílio da família estão fazendo com que já saibam as respostas aos questionamentos feitos ou a dúvidas surgidas. Inclusive conceitos já estudados são resolvidos e expostos com mais clareza. Os alunos estão muito mais participativos. Tenho certeza que este estágio está fazendo a diferença tanto para mim como educadora, quanto para os alunos.