28 de novembro de 2009
ESCLARECIMENTO
MAPA CONCEITUAL
27 de novembro de 2009
ATIVIDADE COM PESQUISA
13 de outubro de 2009
NARRATIVA DE HISTÓRIA
ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS
Nesta interdisciplina, fizemos a leitura do texto HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992, para posterior discussão no fórum. Reproduzo aqui algumas de minhas participações, que demonstram minha aprendizagem.
Como professora da EJA por mais de nove anos, concordo com a autora quanto aos desafios enfrentados pelos professores nesta modalidade de ensino. Além da diversificação de temas a serem trabalhados, enfrentamos a falta de motivação dos alunos, seu cansaço, seus problemas familiares, o grande número de faltas e a evasão.Esses alunos, quando vem para a EJA, trazem a imagem da experiência que tiveram quando crianças, então querem \"quadro cheio\", muitos conteúdos e por isso não aceitam as diferentes formas que procuramos trabalhar.A maior dificuldade realmente é a evasão, por vários fatores e entre eles destaco o cansaço depois do trabalho, a lentidão no aprender, a conciliação de horários e sem contar que muitos não tem dinheiro para pagar a passagem até a escola.Como cita a autora, realmente a escolarização tem menor peso em relação a sua sobrevivência. Então preferem abandonar a escola, principalmente quando tem um emprego ou um sub-emprego, mas é o que lhes da suporte na alimentação, moradia e outras necessidades pessoais e familiares.`Para suprir estas necessidades, deixam sua escolarização de lado, até porque, em muitos casos, a escola os faz pensar sobre suas realidades. Essas realidades lhes impoem conflitos. Muitos buscam a recuperação ou conquista de um lugar melhor na sociedade e outros simplesmente abandonam, achando que não irão conseguir, interrompendo seus sonhos.Para ilustrar tenho a história de uma aluna que trabalhava como cozinheira e sustentava a família toda. As filhas não conseguiam emprego e o marido havia sido demitido. Ela sempre contava sobre o sonho que tinha de mudar de vida. Trabalhávamos muito sobre temas como realização de nossos sonhos, melhoria de emprego, mercado de trabalho, mudança de emprego, entre outros.Ela correu atrás, mudou de estado, batalhou e hoje é dona de restaurante, onde trabalha com toda família. Mantemos contato até hoje e o que ela sempre me diz é que foram nossas aulas que deram força para ela perseguir seu sonho e torná-lo realidade.
Quanto a formação de professores para trabalhar com alunos da EJA, mais uma vez concordo com a autora, pois quando comecei a trabalhar com adultos não tinha nenhuma experiência e foi um grande desafio. Tivemos alguns poucos cursos de formação que praticamente nada acrescentaram. A experiência vem com a prática. Erramos algumas vezes, outras acertamos e com adaptações vamos encontrando o caminho. São frustações e alegrias acumuladas que nos dão força para ir em frente.\"... a prática da sala de aula, nos momentos de leitura da palavra, não pode ser contraditória com a leitura do mundo.\" Esta frase lembrou-me um episódio que ocorreu num primeiro dia de aula, onde os alunos deveriam colocar oralmente sobre os objetivos de estarem ali. Uma das respostas foi: \"quero fazer minha carteira de motorista\". Essa resposta, de um senhor de cinquenta anos, que mal conseguia escrever seu nome e ler algumas palavras, levou-me a pensar o como trabalhar com ele. Enfim, naquele mês todos nós ficamos conhecendo muito sobre trânsito. Também imprimi algumas provas teóricas e meu aluno estudou bastante em casa. Finalmente ele conseguiu o seu objetivo: tirar sua carteira de motorista
COMÊNIO
Com certeza encontro no meu cotidiano escolar elementos da pedagogia de Comênio. Apesar da época em que foram escritas, suas idéias são muito atuais. A consideração com o aluno, respeitando sua capacidade e motivando-o para a aprendizagem, levando em conta a sua realidade e experiências, é a forma com que procuro trabalhar. Também o ensino para todos, sem discriminação, podemos ver na Educação de Jovens e Adultos, onde as pessoas buscam preencher lacunas que por vários motivos ficaram no passado. Também quanto à afetividade entre professor e aluno a que Comênio se refere considero importantíssima. Não acredito na aprendizagem sem vínculos de amor, carinho e dedicação entre as partes. Mesmo no seu tempo Comênio foi muito atual. Com certeza sua pedagogia é utilizada nas escolas de hoje facilitando a aprendizagem dos alunos.
MUDAR AS PRÁTICAS
A leitura do Texto 2 – Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006), nos fez concluir que realmente a escola precisa mudar as práticas de letramento que utiliza a escrita e a leitura como algo diferenciado da realidade do aluno. Escola e educadores trabalham textos alheios ao contexto social dos mesmos,não suscitando o interesse.
É muito importante que se priorize a oralidade e as vivências dos alunos, com isso se estará reproduzindo situações do seu cotidiano, que são de seu interesse.
Que fique claro, que minha prática neste sentido já vem se modificando há muito tempo e que sempre procuro trabalhar em cima da realidade do aluno.
Conversar com os alunos, ouvir suas histórias, brincadeiras, jogos, poesias entre outros recursos, trazem aprendizagens significativas e diversão. Trazer o contexto dos alunos para dentro da sala de aula, aproxima-os da escola e faz com que tenham vontade de saber cada vez mais, despertando a curiosidade e a criatividade de cada um.
CONHECENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Primeiro fiquei meio desconfortável quando vi que a professora era surda...porquê??
A medida que aula foi se desenvolvendo, tive que reconhecer que era um pouco de preconceito e outro bastante de ignorância sobre o assunto.
A forma como a professora conseguiu se comunicar com a gente foi incrível. Ouvir suas mãos e gestos, falar sem nada dizer, descobrir que exite caminho para todas as situações foi maravilhoso!
Primeiro tive que fazer desconstruções, como: não se diz surdo/mudo e sim surdo; todos são capazes, basta querer e aprender; LIBRAS, é uma língua, e não é um código mundial, é a nossa língua de sinais, assim como o português é nossa língua.
Rimos das piadas da professora, fizemos brincadeiras e foi tudo muito bom e natural.
Aprendi que pessoas surdas tem totais aptidões para qualquer tipo de atividade, apenas as realizam diferentemente de nós e que para qualquer problema existem soluções e caminhos.
HISTÓRIAS E POLÍTICAS PÚBLICAS DA EJA
28 de agosto de 2009
O MENININHO
Hoje realizei um trabalho da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Três perguntas para responder após a leitura do texto: O MENININHO.
Já conhecia o texto, mas li e reli várias vezes.
Enquanto respondia as perguntas, vi o quanto mudei minha prática pedagógica depois que iniciei no PEAD. Lembrei de minhas primeiras professoras e de quanto queria ser igual a elas e de quanta coisa fiz com meus alunos, bem igual ao que elas faziam. Sei que não prejudiquei estes alunos, porém poderia tê-los tornado mais autônomos, mais autoconfiantes, mais criativos.
Mas nunca é tarde para mudar e sei que estou obtendo grandes progressos em relação a minha prática.
Hoje já trabalho muito diferente. Sei que meus alunos não serão como o menininho do texto.
Quero deixar aqui a última pergunta do trabalho, pois ela resume tudo o que disse nas três questões.
C) Que marcas da sua prática pedagógica você gostaria de deixar nos seus alunos?
Com certeza quero que meus alunos lembrem de mim como alguém que lhes dedicou muito amor e carinho. Que cresçam como pessoas de bem, atuantes em suas comunidades. Que sejam educados, críticos, criativos, autônomos. Pessoas que saibam fazer suas escolhas, questionadoras, ativas, construtoras do seu conhecimento. Que entendam que às vezes erramos, mas que podemos sempre voltar atrás e concertar o erro. Que sejam felizes na busca de seus objetivos, mas com humildade e retidão.
Link para o texto: http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-menininho-958289.html
EXPECTATIVAS PARA O EIXO VII
Quanta coisa passou por minha cabeça nestes três anos de curso. Até desistir!!!
E agora estamos aí, na reta final! Viva!!!
Um sonho que não deixei ser interrompido pelos obstáculos.
Para o Eixo VII pretendo dar o máximo de mim. Aproveitar todos os momentos para a construção de minha aprendizagem.
Apesar das funções todas: trabalho, casa, filhos, levar meus estudos com seriedade e responsabilidade, aliás, como tenho feito até agora.
Administar as adversidades que surgirem com calma e cautela para que o stresse não me abale.
Estamos aí!! O semestre iniciou e vamos em frente!!!!
25 de maio de 2009
ENSAIO DE ADORNO – EDUCAÇÃO APÓS AUSCHWITZ
Após a leitura do texto de Theodor Adorno, pode-se apontar como um dos motivos que predispôs os indivíduos a aceitarem o nazismo e a barbárie, foi a forma de pensar da sociedade alemã, por não criticar as autoridades de seu país e aceitar as determinações desta, sem questionamentos. O governo, na época nacionalista, pregava uma Alemanha para alemães, excluindo as outras pessoas de qualquer tipo de direito, inclusive o de viver.
Mesmo a sociedade alemã sendo organizada e detentora de grande cultura, foram-lhe incutidos fatos que a desagregaram do ponto de vista social e humano, fato este provocado por importantes lideranças políticas e militares, fazendo assim, com que a sociedade ficasse sem reação, inerte, frente às barbáries cometidas.
Também o modelo de educação da época é citado por Adorno, pois o mesmo era pautado pela severidade e disciplina rigorosa, podendo assim, ser facilmente conduzida para a barbárie, supondo que a severidade consigo mesmo, leva à severidade com o outro.
A modernidade dos recursos tecnológicos da época, segundo Adorno, também foi motivo para a ocorrência dos assassinatos em massa de pessoas inocentes, crianças, mulheres e idosos.
Para Adorno, parte da solução para que esta barbárie não se repita, está na educação. Uma educação humanizada, que se inicia na primeira infância, não fazendo distinção de raça, cor, religião, onde todos são respeitados.
A educação humanizada deve incentivar e estimular a reflexão desde a infância. Quem pensa com autonomia, determinação, clareza e conhecimento dos fatos, pode lutar e resistir contra o poder cego de qualquer espécie, à brutalidade, à violência.
Meu ponto de vista é que o investimento na educação desde a infância, pressupõe a não repetição da barbárie. Uma educação humanizadora, de respeito ao outro, contra a violência e a manipulação Voltada para os princípios de solidariedade, amor e resistência à opressão.
A educação é solução para que a barbárie não se repita porque educação leva ao conhecimento, ao esclarecimento. O indivíduo esclarecido não se deixa levar e muito menos se deixa manipular. Através da autonomia e esclarecimento, o sujeito pode fazer suas escolhas e tomar suas próprias decisões.
O filme Clube do Imperador traz à reflexão quem o assiste. Diferentes cenas me fizeram refletir sobre a minha prática em sala de aula. Quantas vezes nos deparamos com situações onde temos que tomar decisões que podem mudar a vida de um aluno. Em que momentos acertei? E em quais errei? Será que minhas decisões foram as mais acertadas? O filme trouxe-me uma angústia, mas também trouxe a certeza de que não sou infalível, e que sempre diante de um dilema ou conflito procuro fazer o melhor por meu aluno.
Acredito que um dos momentos mais críticos para o professor aconteceu quando o mesmo avaliava os testes de seus alunos. Estas produções avaliavam o grau de conhecimento de cada um sobre a vida de Júlio César, para um tradicional concurso da escola. Mínimos erros ou acertos eram considerados, diante da rigorosidade do concurso. Ao final da testagem, apenas um ponto separa dois alunos para a classificação. Um deles, um excelente aluno, aplicado, responsável e filho de um dos ganhadores do concurso em anos anteriores. O outro aluno, um menino arrogante, indisciplinado, com sérios desvios de caráter e filho de um político sem escrúpulos. Este aluno aparentemente dá indícios de querer modificar seu comportamento, dedicando-se aos estudos para o referido concurso.
Depois de refletir, questionar-se, ponderar sobre a questão, o professor decide dar uma oportunidade a este jovem, colocando-o na frente do real classificado. Com esta atitude, o professor pensa estar motivando-o, valorizando-o, dando-lhe uma oportunidade para a transformação de seu caráter.
Princípios morais como a honestidade, a verdade, a justiça, estão contidos nesta decisão do professor. Princípios estes que sempre fizeram parte de seu caráter e que sempre passou para seus alunos. Com sua decisão viu seus valores serem abalados, porém considerou que valeria a pena para a recuperação de seu aluno. Analisando esta situação, vê-se que ela se contrapõe, pois com a sua desonestidade, o professor queria que seu aluno se tornasse um homem de caráter e seguisse o caminho da retidão. Neste caso também a verdade foi burlada, pois o resultado dos testes foi forjado.
A justiça revelou-se no momento em que o professor percebeu que o aluno tentava vencer o concurso de forma ilícita. Não admitindo este ato, o professor encontra uma forma de reverter a situação, fazendo-lhe uma pergunta que ele, o professor, tinha certeza que seu aluno não saberia responder. O professor toma esta decisão, mesmo após o diretor da escola dizer-lhe que continuasse, pois o mesmo era filho de um senador. Esta atitude foi a forma que o professor encontrou para que a injustiça não se concretizasse e também serviu para se redimir do que havia feito anteriormente, mesmo que seu ato tenha sido por uma boa causa.
O professor vive momentos de frustrações em sua vida, pelo fato de não ter conseguido recuperar seu aluno e pela sensação de ter sido desleal com o outro aluno que na realidade merecia estar na final do concurso. Os anos passaram, mas aquele dia permaneceu em sua memória.
Anos depois, o professor se depara com a mesma situação e com as mesmas pessoas. A esperança de que aquele menino estudante tivesse mudado e se transformado numa boa pessoa cai por terra, pois ao encontrá-lo novamente constata que ele se tornara um homem totalmente sem escrúpulos, tal qual seu pai. Na reconstituição do concurso, usa artimanhas para ganhá-lo, da mesma forma como fizera na escola.
No mesmo encontro, o professor se surpreende com uma homenagem que seus ex-alunos lhe proporcionam em reconhecimento pela sua dedicação, profissionalismo e valores morais que conseguiu passar-lhes e que se perpetuaram ao longo de suas vidas. Com esta atitude dos alunos, o professor percebe que nem sempre conseguimos incutir valores e bons exemplos na totalidade daqueles com quem trabalhamos e que não podemos nos sentir fracassados ou frustrados por não consegui-lo. Muito pelo contrário, como mostrou o filme, a grande maioria seguiu seus ensinamentos e é desta forma que devemos avaliar nosso trabalho, através da maioria.
Apesar da intenção do professor ao agir daquela maneira, tenha sido para fazer o bem, não é fácil dizer se ele foi correto ou não.
Analisando friamente a sua atitude, apesar da sua boa intenção, ele não foi correto. Se ele tivesse usado de sua honestidade com aqueles dois alunos, suas histórias poderiam ter sido diferentes. Se tivesse contado a verdade ao aluno, dizendo-lhe que havia se saído muito bem e que estava no caminho certo, mas que ainda não estava preparado para a final do concurso, talvez o resultado fosse outro e lhe trouxesse mais benefícios. Se assim o tivesse feito, talvez o garoto aprendesse que longas batalhas são necessárias para se chegar à vitória, que precisamos agir com persistência e bons princípios, que a verdade prevalece sempre, mesmo que seja dolorida.
E se nenhuma dessas suposições tivesse acontecido e ele desistisse mesmo assim de ser uma pessoa de bom caráter, assim mesmo teria valido a pena, pois o professor teria agido de acordo com seus valores morais e sua consciência.
Vivemos num mundo onde as pessoas não são cem por cento corretas. Nem mesmo os melhores exemplos conseguem mudar o modo de agir de alguns. Infelizmente pessoas com desvios de caráter estão presentes em nossa sociedade. O que podemos fazer é tentar fazer o melhor possível para dar bons exemplos aos nossos alunos, incutindo-lhes valores morais que façam com que se tornem bons cidadãos.
6 de maio de 2009
INCLUSÃO
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO
04/05/2009 21:29:49
CLEIDE MARIA DA SILVA RENNER DE A...
Clara, também estou com este sentimento...A distorção idade/série é tão grande em nossas turmas, que que realmente não sei extamente como proceder. São tantos problemas detectados... Na mesma turma, crianças com 8, 9, 10, 11 e até 14 anos, como é o caso da minha turma. São tantas diferenças... e cada um com suas peculiaridades, sua caminhada. Ainda preciso de muito estudo para conseguir ajudar estas crianças efetivamente. Sabendo o estágio do desenvolvimento que cada uma se encontra, poderemos saber o porquê de muitas dificuldades que nossos alunos apresentam em sua aprendizagem.
06/05/2009 09:47:44
TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES
Clara e Cleide estão fazendo reflexões bem importantes sobre como o conhecimento do processo de desenvolvimento pode auxiliar a tarefa docente. Não é fácil, mas dá pistas de onde podem estar alguns problemas.
O ANTROPÓLOGO
PRECISO ME OLHAR
1ª AULA PRESENCIAL
Hoje consigo falar sobre o assunto porque foi um período de grande aprendizagem.De acomodação e assimilação.Confesso que a primeira aula foi um balde de água fria no meu entusiasmo.A fala da professora Marie Jane sobre nossos PAs me deixou, naquele momento, enfraquecida. Foi preciso tempo e a 2ª aula com ela, para que eu entendesse o por quê daquele tipo de fala. Achei que ela falou muito mal dos nossos PAs. Naquele dia saí de lá triste e achando que tudo o que tínhamos feito anteriormente estava literalmente errado. Conversei com muitas colegas e elas também estavam com o mesmo sentimento. Quando tivemos a segunda aula, consegui entender que o que a professora queria era nos desacomodar, dar uma "mexida", e nos fazer entender que podemos muito mais. Que podemos sempre melhorar, aperfeiçoar o nosso trabalho. Me fez ver, com suas críticas ao nosso trabalho, que nem sempre aquilo em que acreditamos estar certo é o correto. Que devemos sempre pensar além. Com certeza o nosso próximo PA terá muito mais qualidade. Foi uma aprendizagem sofrida, mas muito valiosa.