28 de novembro de 2009

ESCLARECIMENTO



Mesmo sabendo que não serão consideradas para avaliação, gostaria de deixar mais algumas postagens sobre atividades que realizei com meus alunos.

MAPA CONCEITUAL




Não gosto muito de trabalhar com Projetos, porém a atividade do PA do Seminário Integrador amenizou um pouco a minha intranquilidade.


Não fiz nenhum grande projeto com meus alunos do 3º Ano, porém realizei uma pequena experiência para verificar como funcionaria a questão. A atividade transcorreu assim:


* No primeiro dia, na sala de aula, conversamos sobre poluição. O assunto já é de conhecimento dos alunos, pois eles tem aula de Meio Ambiente uma vez por semana com outra professora. Fomos para o Laboratório de Informática e os alunos pesquisaram sobre o assunto: o que é, onde a poluição está, poluição das águas e o que podemos fazer para combatê-la.


* No segundo dia, socializamos as pesquisas e fizemos um texto coletivo no quadro sobre o assunto. Depois que todos copiaram, escrevi no meio do quadro a palavra POLUIÇÂO. Fui puxando flechas, questionando os alunos e quando vi, estávamos com nosso "mapa conceitual" pronto. O melhor de tudo foi a conclusão que os alunos chegaram: a solução para a poluição é principalmente proteger a natureza.




27 de novembro de 2009

ATIVIDADE COM PESQUISA










Sobre o mesmo assunto,trabalhar com projetos, realizei a experiência com meus alunos de 4ª série, dos quais sou Regente 2 e trabalho com eles 2 horas semanais. Como projetos requerem pesquisas, não acreditava que os alunos pequenos, pudessem se organizar sozinhos, mas resolvi fazer a tentativa. O assunto foi Proclamação da República. Organizei assim a atividade:



- Organizei um polígrafo sobre o assunto, no qual havia material para pesquisa e um questionário para responder.



- No primeiro dia fiz a proposta aos alunos. Eles logo se organizaram em grupos de quatro. Cada grupo ganhou um polígrafo.



- Para minha surpresa, não houve bagunça nem gritaria. Um aluno do grupo leu o polígrafo para os demais. A fala de um não atrapalhava a leitura dos demais grupos.



- Os alunos pesquisaram e responderam as perguntas.



- Na semana seguinte, retomamos os trabalhos. Pedi que a partir das respostas, elaborassem um texto sobre o assunto. Com exceção de um grupo, todos os outros realizaram a atividade, com textos enxutos, sem cópia simplesmente das respostas, com coerência e organização. Mais uma nova experiência para mim que deu certo.







13 de outubro de 2009

NARRATIVA DE HISTÓRIA


Na disciplina de Linguagem e Educação, após a leitura do Texto 3 – Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009) e a assistência do vídeo 1: Pensamento infantil – A narrativa da criança, disponível em http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/desenvolvimento-e-aprendizagem/pensamento-infantil-narrativa-crianca-489339.shtml e do áudio: narrativa de um adulto, deveríamos fazer o seguinte trabalho de campo: Peça que uma criança ou um adulto em fase inicial de escolarização conte uma história (não é necessário que seja seu aluno ou que estude na sua escola). Faça a gravação e/ou transcrição da narrativa e após, faça uma análise a partir do texto lido, do áudio e do vídeo.
Fiz o trabalho com meu vizinho, que tem 3 anos e 6 meses, pois meus alunos são de 3º ano e tem mais de sete anos.
Ele me contou a história de uma abelhinha.
Fiquei encantada com sua narrativa, a imaginação e fantasia.
Ele foi espontâneo, mudava o tom de voz e fazia gestos para tornar mais real o que estava dizendo.
Normalmente meus alunos contam histórias, mas não desta forma. Contam histórias que conhecem, de uma forma mecânica, quase decorada.
Aprendi que a narrativa nesta fase é uma brincadeira e que misturar o real com o imaginário é normal e muito importante para o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças. Também que a narrativa é um trabalho de criação e com certeza o é, pois o menino mostrou um trabalho rico, onde ele utiliza palavras avançadas para sua idade, coerência, lógica e seqüência na narrativa dos fatos.
No vídeo é comentado que “ler textos de boa qualidade aprofunda a narração...”. Vê-se na narrativa de Bernardo que é uma criança que está acostumada a ouvir histórias e que é incentivado para isso.
Com tudo isso, posso concluir que a oralidade junto com o contato da leitura e da escrita tem papel importante no processo de letramento, pois nessa interação a criança vai construindo a sua fala, e a sua relação com o mundo.
Adorei o trabalho e vou começar a incentivar mais os meus alunos para a contação de histórias.

ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS

Já comentei que falar da EJA para mim é sempre muito bom.
Nesta interdisciplina, fizemos a leitura do texto HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992, para posterior discussão no fórum. Reproduzo aqui algumas de minhas participações, que demonstram minha aprendizagem.

Como professora da EJA por mais de nove anos, concordo com a autora quanto aos desafios enfrentados pelos professores nesta modalidade de ensino. Além da diversificação de temas a serem trabalhados, enfrentamos a falta de motivação dos alunos, seu cansaço, seus problemas familiares, o grande número de faltas e a evasão.Esses alunos, quando vem para a EJA, trazem a imagem da experiência que tiveram quando crianças, então querem \"quadro cheio\", muitos conteúdos e por isso não aceitam as diferentes formas que procuramos trabalhar.A maior dificuldade realmente é a evasão, por vários fatores e entre eles destaco o cansaço depois do trabalho, a lentidão no aprender, a conciliação de horários e sem contar que muitos não tem dinheiro para pagar a passagem até a escola.Como cita a autora, realmente a escolarização tem menor peso em relação a sua sobrevivência. Então preferem abandonar a escola, principalmente quando tem um emprego ou um sub-emprego, mas é o que lhes da suporte na alimentação, moradia e outras necessidades pessoais e familiares.`Para suprir estas necessidades, deixam sua escolarização de lado, até porque, em muitos casos, a escola os faz pensar sobre suas realidades. Essas realidades lhes impoem conflitos. Muitos buscam a recuperação ou conquista de um lugar melhor na sociedade e outros simplesmente abandonam, achando que não irão conseguir, interrompendo seus sonhos.Para ilustrar tenho a história de uma aluna que trabalhava como cozinheira e sustentava a família toda. As filhas não conseguiam emprego e o marido havia sido demitido. Ela sempre contava sobre o sonho que tinha de mudar de vida. Trabalhávamos muito sobre temas como realização de nossos sonhos, melhoria de emprego, mercado de trabalho, mudança de emprego, entre outros.Ela correu atrás, mudou de estado, batalhou e hoje é dona de restaurante, onde trabalha com toda família. Mantemos contato até hoje e o que ela sempre me diz é que foram nossas aulas que deram força para ela perseguir seu sonho e torná-lo realidade.

Quanto a formação de professores para trabalhar com alunos da EJA, mais uma vez concordo com a autora, pois quando comecei a trabalhar com adultos não tinha nenhuma experiência e foi um grande desafio. Tivemos alguns poucos cursos de formação que praticamente nada acrescentaram. A experiência vem com a prática. Erramos algumas vezes, outras acertamos e com adaptações vamos encontrando o caminho. São frustações e alegrias acumuladas que nos dão força para ir em frente.\"... a prática da sala de aula, nos momentos de leitura da palavra, não pode ser contraditória com a leitura do mundo.\" Esta frase lembrou-me um episódio que ocorreu num primeiro dia de aula, onde os alunos deveriam colocar oralmente sobre os objetivos de estarem ali. Uma das respostas foi: \"quero fazer minha carteira de motorista\". Essa resposta, de um senhor de cinquenta anos, que mal conseguia escrever seu nome e ler algumas palavras, levou-me a pensar o como trabalhar com ele. Enfim, naquele mês todos nós ficamos conhecendo muito sobre trânsito. Também imprimi algumas provas teóricas e meu aluno estudou bastante em casa. Finalmente ele conseguiu o seu objetivo: tirar sua carteira de motorista



COMÊNIO


A interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação deu-me a oportunidade de conhecer sobre a vida e obra de Comênio, o "pai da didática".
O trabalho consistia nas leituras e em responder duas perguntas. Uma delas reproduzo aqui, pois retrata a minha aprendizagem com esta atividade.
Você encontra no seu cotidiano escolar elementos da pedagogia do Comênio? Elabore sua resposta analisando as relações entre as idéias deste autor e seu contexto de trabalho.
Com certeza encontro no meu cotidiano escolar elementos da pedagogia de Comênio. Apesar da época em que foram escritas, suas idéias são muito atuais. A consideração com o aluno, respeitando sua capacidade e motivando-o para a aprendizagem, levando em conta a sua realidade e experiências, é a forma com que procuro trabalhar. Também o ensino para todos, sem discriminação, podemos ver na Educação de Jovens e Adultos, onde as pessoas buscam preencher lacunas que por vários motivos ficaram no passado. Também quanto à afetividade entre professor e aluno a que Comênio se refere considero importantíssima. Não acredito na aprendizagem sem vínculos de amor, carinho e dedicação entre as partes. Mesmo no seu tempo Comênio foi muito atual. Com certeza sua pedagogia é utilizada nas escolas de hoje facilitando a aprendizagem dos alunos.
Percebe-se que Comênio preocupava-se com a aprendizagem dos alunos e foi um inovador em seu tempo.
Há muito venho dizendo que esta caminhada vem me fazendo mudar as práticas pedagógicas, com o trabalho mais voltado para a realidade do aluno, utilização de jogos, brincadeiras, entre outros recuirsos, porém ainda sinto que me falta, que tenho em minha prática uma mistura do velho e do novo e que algumas coisas parecem não querer mudar. Bem, afinal são tantos anos, que estou muito satisfeita com minhas mudanças até agora, pois nada consegue se transformar ~totalmente em tão pouco tempo.

MUDAR AS PRÁTICAS

A interdisciplina de Linguagem e Educação, em uma de suas atividades, nos levou a pensar ou repensar nossas práticas pedagógicas.
A leitura do Texto 2 – Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006), nos fez concluir que realmente a escola precisa mudar as práticas de letramento que utiliza a escrita e a leitura como algo diferenciado da realidade do aluno. Escola e educadores trabalham textos alheios ao contexto social dos mesmos,não suscitando o interesse.
É muito importante que se priorize a oralidade e as vivências dos alunos, com isso se estará reproduzindo situações do seu cotidiano, que são de seu interesse.
Que fique claro, que minha prática neste sentido já vem se modificando há muito tempo e que sempre procuro trabalhar em cima da realidade do aluno.
Conversar com os alunos, ouvir suas histórias, brincadeiras, jogos, poesias entre outros recursos, trazem aprendizagens significativas e diversão. Trazer o contexto dos alunos para dentro da sala de aula, aproxima-os da escola e faz com que tenham vontade de saber cada vez mais, despertando a curiosidade e a criatividade de cada um.

CONHECENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A aula presencial de LIBRAS foi excepcional.


Primeiro fiquei meio desconfortável quando vi que a professora era surda...porquê??


A medida que aula foi se desenvolvendo, tive que reconhecer que era um pouco de preconceito e outro bastante de ignorância sobre o assunto.


A forma como a professora conseguiu se comunicar com a gente foi incrível. Ouvir suas mãos e gestos, falar sem nada dizer, descobrir que exite caminho para todas as situações foi maravilhoso!


Primeiro tive que fazer desconstruções, como: não se diz surdo/mudo e sim surdo; todos são capazes, basta querer e aprender; LIBRAS, é uma língua, e não é um código mundial, é a nossa língua de sinais, assim como o português é nossa língua.


Rimos das piadas da professora, fizemos brincadeiras e foi tudo muito bom e natural.


Aprendi que pessoas surdas tem totais aptidões para qualquer tipo de atividade, apenas as realizam diferentemente de nós e que para qualquer problema existem soluções e caminhos.



HISTÓRIAS E POLÍTICAS PÚBLICAS DA EJA





Na interdisciplina Educação de Jovens e Adultos no Brasil, fizemos a leitura do Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. A partir da leitura e em grupo, no Fórum, fizemos a discussão sobre o mesmo e uma síntese, que foi postada no webfólio do grupo.

Falar de EJA para mim é sempre muito bom, pois trabalhei por muito tempo com jovens e adultos.

O incrível foi ver que a medida que ia lendo, que eu não sabia quase nada sobre a história e políticas públicas da EJA. Mas o melhor foi saber que mesmo não conhecendo quase nada, trabalhava dentro do que é proposto no Parecer.

Foi interessante aprender sobre o conceito e as funções da EJA. Por que nos poucos cursos de formação que a nós foram propostos, não trabalhamos o Parecer? Com certeza meu trabalho com esses alunos teria sido muito mais rico.

Com certeza a EJA tem FUNÇÃO REPARADORA, pois busca resgatar as oportunidades perdidas e trazer para o mundo da escrita e da leitura, pessoas que no seu tempo não tiveram esta oportunidade. Com isso, levando-os a novas oportunidades no trabalho, na vida social, enfim, num mundo que os fará viver melhor.

A FUNÇÃO EQUALIZADORA da EJA relaciona-se a igualdade de oportunidades. Nesta linha, a educação de jovens e adultos, apresenta uma promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades. Nele adolescentes jovens e adultos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas formas do trabalho e da cultura.

A FUNÇÃO QUALIFICADORA da EJA é aquela considerada permanente, e, mais que uma função, é próprio sentido da educação de jovens e adultos. Refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não-escolares.

Mesmo não conhecendo, na época sobre as funções, sempre procurei trabalhar dentro destas propostas.

Com certeza este trabalho foi enriquecedor e esclarecedor. É uma leitura que, se voltar a trabalhar na EJA, terei que refazer, para que minhas práticas pedagógicas venham de encontro ao que estes indivíduos buscam ao retornar para a escola.

28 de agosto de 2009

O MENININHO



Hoje realizei um trabalho da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Três perguntas para responder após a leitura do texto: O MENININHO.
Já conhecia o texto, mas li e reli várias vezes.
Enquanto respondia as perguntas, vi o quanto mudei minha prática pedagógica depois que iniciei no PEAD. Lembrei de minhas primeiras professoras e de quanto queria ser igual a elas e de quanta coisa fiz com meus alunos, bem igual ao que elas faziam. Sei que não prejudiquei estes alunos, porém poderia tê-los tornado mais autônomos, mais autoconfiantes, mais criativos.
Mas nunca é tarde para mudar e sei que estou obtendo grandes progressos em relação a minha prática.
Hoje já trabalho muito diferente. Sei que meus alunos não serão como o menininho do texto.
Quero deixar aqui a última pergunta do trabalho, pois ela resume tudo o que disse nas três questões.

C) Que marcas da sua prática pedagógica você gostaria de deixar nos seus alunos?

Com certeza quero que meus alunos lembrem de mim como alguém que lhes dedicou muito amor e carinho. Que cresçam como pessoas de bem, atuantes em suas comunidades. Que sejam educados, críticos, criativos, autônomos. Pessoas que saibam fazer suas escolhas, questionadoras, ativas, construtoras do seu conhecimento. Que entendam que às vezes erramos, mas que podemos sempre voltar atrás e concertar o erro. Que sejam felizes na busca de seus objetivos, mas com humildade e retidão.

Link para o texto: http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-menininho-958289.html

EXPECTATIVAS PARA O EIXO VII

Medos, inseguranças, anseios, dificuldades, tensões, até medo!!!
Quanta coisa passou por minha cabeça nestes três anos de curso. Até desistir!!!
E agora estamos aí, na reta final! Viva!!!
Um sonho que não deixei ser interrompido pelos obstáculos.
Para o Eixo VII pretendo dar o máximo de mim. Aproveitar todos os momentos para a construção de minha aprendizagem.
Apesar das funções todas: trabalho, casa, filhos, levar meus estudos com seriedade e responsabilidade, aliás, como tenho feito até agora.
Administar as adversidades que surgirem com calma e cautela para que o stresse não me abale.
Estamos aí!! O semestre iniciou e vamos em frente!!!!


25 de maio de 2009



ENSAIO DE ADORNO – EDUCAÇÃO APÓS AUSCHWITZ


Após a leitura do texto de Theodor Adorno, pode-se apontar como um dos motivos que predispôs os indivíduos a aceitarem o nazismo e a barbárie, foi a forma de pensar da sociedade alemã, por não criticar as autoridades de seu país e aceitar as determinações desta, sem questionamentos. O governo, na época nacionalista, pregava uma Alemanha para alemães, excluindo as outras pessoas de qualquer tipo de direito, inclusive o de viver.
Mesmo a sociedade alemã sendo organizada e detentora de grande cultura, foram-lhe incutidos fatos que a desagregaram do ponto de vista social e humano, fato este provocado por importantes lideranças políticas e militares, fazendo assim, com que a sociedade ficasse sem reação, inerte, frente às barbáries cometidas.
Também o modelo de educação da época é citado por Adorno, pois o mesmo era pautado pela severidade e disciplina rigorosa, podendo assim, ser facilmente conduzida para a barbárie, supondo que a severidade consigo mesmo, leva à severidade com o outro.
A modernidade dos recursos tecnológicos da época, segundo Adorno, também foi motivo para a ocorrência dos assassinatos em massa de pessoas inocentes, crianças, mulheres e idosos.
Para Adorno, parte da solução para que esta barbárie não se repita, está na educação. Uma educação humanizada, que se inicia na primeira infância, não fazendo distinção de raça, cor, religião, onde todos são respeitados.
A educação humanizada deve incentivar e estimular a reflexão desde a infância. Quem pensa com autonomia, determinação, clareza e conhecimento dos fatos, pode lutar e resistir contra o poder cego de qualquer espécie, à brutalidade, à violência.
Meu ponto de vista é que o investimento na educação desde a infância, pressupõe a não repetição da barbárie. Uma educação humanizadora, de respeito ao outro, contra a violência e a manipulação Voltada para os princípios de solidariedade, amor e resistência à opressão.
A educação é solução para que a barbárie não se repita porque educação leva ao conhecimento, ao esclarecimento. O indivíduo esclarecido não se deixa levar e muito menos se deixa manipular. Através da autonomia e esclarecimento, o sujeito pode fazer suas escolhas e tomar suas próprias decisões.

Após a realização deste trabalho, posso dizer que ainda vemos em nossas escolas barbáries realizadas por professores.

Alunos tratados com um rigor exagerado, onde não se vê carinho, nenhum tipo de afetividade na relação professor/aluno.

Alunos tratados com amorosidade são menos rebeldes e se relacionam melhor no ambiente escolar.

Também vemos a barbárie nos moradores de rua. Passamos e não fazemos nada e muitas vezes até atravessamos a rua para não passar por perto.

Será que nestas situações também não estamos sendo coniventes com a barbárie de Auschwitz?

RELATO – FILME “O CLUDE DO IMPERADOR”


O filme Clube do Imperador traz à reflexão quem o assiste. Diferentes cenas me fizeram refletir sobre a minha prática em sala de aula. Quantas vezes nos deparamos com situações onde temos que tomar decisões que podem mudar a vida de um aluno. Em que momentos acertei? E em quais errei? Será que minhas decisões foram as mais acertadas? O filme trouxe-me uma angústia, mas também trouxe a certeza de que não sou infalível, e que sempre diante de um dilema ou conflito procuro fazer o melhor por meu aluno.
Acredito que um dos momentos mais críticos para o professor aconteceu quando o mesmo avaliava os testes de seus alunos. Estas produções avaliavam o grau de conhecimento de cada um sobre a vida de Júlio César, para um tradicional concurso da escola. Mínimos erros ou acertos eram considerados, diante da rigorosidade do concurso. Ao final da testagem, apenas um ponto separa dois alunos para a classificação. Um deles, um excelente aluno, aplicado, responsável e filho de um dos ganhadores do concurso em anos anteriores. O outro aluno, um menino arrogante, indisciplinado, com sérios desvios de caráter e filho de um político sem escrúpulos. Este aluno aparentemente dá indícios de querer modificar seu comportamento, dedicando-se aos estudos para o referido concurso.
Depois de refletir, questionar-se, ponderar sobre a questão, o professor decide dar uma oportunidade a este jovem, colocando-o na frente do real classificado. Com esta atitude, o professor pensa estar motivando-o, valorizando-o, dando-lhe uma oportunidade para a transformação de seu caráter.
Princípios morais como a honestidade, a verdade, a justiça, estão contidos nesta decisão do professor. Princípios estes que sempre fizeram parte de seu caráter e que sempre passou para seus alunos. Com sua decisão viu seus valores serem abalados, porém considerou que valeria a pena para a recuperação de seu aluno. Analisando esta situação, vê-se que ela se contrapõe, pois com a sua desonestidade, o professor queria que seu aluno se tornasse um homem de caráter e seguisse o caminho da retidão. Neste caso também a verdade foi burlada, pois o resultado dos testes foi forjado.
A justiça revelou-se no momento em que o professor percebeu que o aluno tentava vencer o concurso de forma ilícita. Não admitindo este ato, o professor encontra uma forma de reverter a situação, fazendo-lhe uma pergunta que ele, o professor, tinha certeza que seu aluno não saberia responder. O professor toma esta decisão, mesmo após o diretor da escola dizer-lhe que continuasse, pois o mesmo era filho de um senador. Esta atitude foi a forma que o professor encontrou para que a injustiça não se concretizasse e também serviu para se redimir do que havia feito anteriormente, mesmo que seu ato tenha sido por uma boa causa.
O professor vive momentos de frustrações em sua vida, pelo fato de não ter conseguido recuperar seu aluno e pela sensação de ter sido desleal com o outro aluno que na realidade merecia estar na final do concurso. Os anos passaram, mas aquele dia permaneceu em sua memória.
Anos depois, o professor se depara com a mesma situação e com as mesmas pessoas. A esperança de que aquele menino estudante tivesse mudado e se transformado numa boa pessoa cai por terra, pois ao encontrá-lo novamente constata que ele se tornara um homem totalmente sem escrúpulos, tal qual seu pai. Na reconstituição do concurso, usa artimanhas para ganhá-lo, da mesma forma como fizera na escola.
No mesmo encontro, o professor se surpreende com uma homenagem que seus ex-alunos lhe proporcionam em reconhecimento pela sua dedicação, profissionalismo e valores morais que conseguiu passar-lhes e que se perpetuaram ao longo de suas vidas. Com esta atitude dos alunos, o professor percebe que nem sempre conseguimos incutir valores e bons exemplos na totalidade daqueles com quem trabalhamos e que não podemos nos sentir fracassados ou frustrados por não consegui-lo. Muito pelo contrário, como mostrou o filme, a grande maioria seguiu seus ensinamentos e é desta forma que devemos avaliar nosso trabalho, através da maioria.
Apesar da intenção do professor ao agir daquela maneira, tenha sido para fazer o bem, não é fácil dizer se ele foi correto ou não.
Analisando friamente a sua atitude, apesar da sua boa intenção, ele não foi correto. Se ele tivesse usado de sua honestidade com aqueles dois alunos, suas histórias poderiam ter sido diferentes. Se tivesse contado a verdade ao aluno, dizendo-lhe que havia se saído muito bem e que estava no caminho certo, mas que ainda não estava preparado para a final do concurso, talvez o resultado fosse outro e lhe trouxesse mais benefícios. Se assim o tivesse feito, talvez o garoto aprendesse que longas batalhas são necessárias para se chegar à vitória, que precisamos agir com persistência e bons princípios, que a verdade prevalece sempre, mesmo que seja dolorida.
E se nenhuma dessas suposições tivesse acontecido e ele desistisse mesmo assim de ser uma pessoa de bom caráter, assim mesmo teria valido a pena, pois o professor teria agido de acordo com seus valores morais e sua consciência.
Vivemos num mundo onde as pessoas não são cem por cento corretas. Nem mesmo os melhores exemplos conseguem mudar o modo de agir de alguns. Infelizmente pessoas com desvios de caráter estão presentes em nossa sociedade. O que podemos fazer é tentar fazer o melhor possível para dar bons exemplos aos nossos alunos, incutindo-lhes valores morais que façam com que se tornem bons cidadãos.

6 de maio de 2009

INCLUSÃO

Falar de inclusão para mim é sempre gratificante! Olha esta foto aí...é da minha pérola!!!! Foram quatro anos juntas.... nosso amor não tem tamanho!!! É uma história loooonga!!!
Mas não vou contar agora, mesmo porque venho falando nisto desde que iniciei no PEAD.
O que quero dizer agora, é que sempre busquei saber muito sobre Síndrome de Down por causa desta aluna, mas nunca procurei saber sobre as lei da inclusão. Esta disciplina me fez ler sobre o assunto...Quanta lei...quanto decreto...quanta resolução... Como nós temos direitos...segundo as leis... Bah!!! Aprendi muuuuito!!!! Talvez se fosse há quatro anos passados, eu exigiria tudo o que sei hoje que tenho direito, por ter um aluno com necessidades especiais. Eu era analfabeta sobre este tipo de lei. Mas juntando minha experiência com a teoria, posso dizer que, após todas as leituras, que deveriam primeiro ter adaptado as escolas, proporcionado formação para os professores, dado condições dos municípios de se adaptarem e acima de tudo, respeitar as crianças com necessidades especiais, antes de fazer as leis!!!!! Conhecer as leis foi muito importante...saber que quando eu tiver um aluno com NEEs em minha sala de aula, eu como professora, tenho direito a melhores condições para atender este aluno...EU VOU BRIGAR!!!!!! Agora eu conheço as leis.....Posso exigir!!!!
OBS: A foto foi publicada com autorização da mãe.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO



Falamos em estágios do desenvolvimento desde o Magistério...que saudade!!! Quase trinta anos!!! Posso dizer, com certeza, que nunca aprendi tanto quanto agora. Na realidade, quando estudamos sobre esta questão no Magistério, nem sabíamos para que nos serviria...agora eu sei...e coloco aqui uma de minhas participações no Fórum:

04/05/2009 21:29:49
CLEIDE MARIA DA SILVA RENNER DE A...
Clara, também estou com este sentimento...A distorção idade/série é tão grande em nossas turmas, que que realmente não sei extamente como proceder. São tantos problemas detectados... Na mesma turma, crianças com 8, 9, 10, 11 e até 14 anos, como é o caso da minha turma. São tantas diferenças... e cada um com suas peculiaridades, sua caminhada. Ainda preciso de muito estudo para conseguir ajudar estas crianças efetivamente. Sabendo o estágio do desenvolvimento que cada uma se encontra, poderemos saber o porquê de muitas dificuldades que nossos alunos apresentam em sua aprendizagem.

06/05/2009 09:47:44
TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES
Clara e Cleide estão fazendo reflexões bem importantes sobre como o conhecimento do processo de desenvolvimento pode auxiliar a tarefa docente. Não é fácil, mas dá pistas de onde podem estar alguns problemas.

No momento em soubermos avaliar o estágio em que nosso aluno se encontra, poderemos ajudá-lo com muito mais eficácia.
Se conseguirmos identificar o processo de desenvolvimento de nossos alunos, poderemos ajudá-los na sua aprendizagem e entender os problemas identificados e que parecem não ter solução. Talvez este aluno precise "começar de novo", e não partir de onde eu acho que ele está. "Graaannnnde" professora Tãnia! Como passei a entender melhor os meus "alunos problema", depois do estudo das fases do desenvolvimeto. Piaget tem razão...ninguém aprende aquilo que não tem condições de assimilar...

O ANTROPÓLOGO


Na disciplina de Filosofia, uma das atividades foi a participação em um Fórum que tratava de questões morais. Um antropólogo, que foi para uma ilha estudar a cultura do povo que ali morava. Chegando lá, ele se viu em frente a um impasse: mentir para aquele povo e contimuar sua pesquisa ou falar a verdade e arriscar-se a morrer ou não poder desenvolver sua pesquisa? Ele resolveu mentir. A mentira é uma questão moral que nos abala profundamente. Que lição podemos tirar a partir disto? Concordo com o antropólogo. Se estivesse no lugar dele faria o mesmo...

Por quê?

Colocando-me dentro de uma sala de aula...Em uma situação difícil com um aluno. Se uma mentira fizer com que o meu aluno se torne uma pessoa melhor, que o faça crescer como cidadão, que venha de encontro com o seu crescimento...eu vou mentir para ele!!! Às vezes uma mentira tem muito mais poder que a verdade...e a partir daí ela se torna A VERDADE!!!!

PRECISO ME OLHAR


Todos os dias estamos sempre aprendendo. Nossa aula de Questões Étnico-Raciais veio para me fazer um grande alerta! Preciso me olhar!!! Precisávamos levar um espelho. A curiosidade do por quê foi grande... Era para nos olharmos...
nos vermos...nos enxergarmos!!! Pelo menos para mim foi assim. Na realidade era para buscarmos nossos traços, semelhanças, nossa etnia... No primeiro momento, vi minha mãe naquele espelho...somos muito parecidas. Depois vi a Cleide... me vi... Bárbaro!!!! Como eu envelheci!!! E não havia notado...Sabe quando a gente passa na frente do espelho? Era assim que eu estava fazendo...passando correndo na frente do espelho...eu não me via!!! Incrível!!! Mas foi maravilhoso...aprendi que preciso me cuidar mais, me arrumar mais, lembrar de mim!!! Talvez este não tenha sido o objetivo da aula, mas com certeza me fez muito bem. Estou olhando mais o espelho...para me ver...cuidar de mim...e ser feliz!!!!

1ª AULA PRESENCIAL



Hoje consigo falar sobre o assunto porque foi um período de grande aprendizagem.De acomodação e assimilação.Confesso que a primeira aula foi um balde de água fria no meu entusiasmo.A fala da professora Marie Jane sobre nossos PAs me deixou, naquele momento, enfraquecida. Foi preciso tempo e a 2ª aula com ela, para que eu entendesse o por quê daquele tipo de fala. Achei que ela falou muito mal dos nossos PAs. Naquele dia saí de lá triste e achando que tudo o que tínhamos feito anteriormente estava literalmente errado. Conversei com muitas colegas e elas também estavam com o mesmo sentimento. Quando tivemos a segunda aula, consegui entender que o que a professora queria era nos desacomodar, dar uma "mexida", e nos fazer entender que podemos muito mais. Que podemos sempre melhorar, aperfeiçoar o nosso trabalho. Me fez ver, com suas críticas ao nosso trabalho, que nem sempre aquilo em que acreditamos estar certo é o correto. Que devemos sempre pensar além. Com certeza o nosso próximo PA terá muito mais qualidade. Foi uma aprendizagem sofrida, mas muito valiosa.