EVIDÊNCIAS DE MINHA APRENDIZAGEM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA/LICENCIATURA
INTERDISCIPLINA LUDICIDADE E EDUCAÇÃO – D
ALUNA – CLEIDE MARIA DA SILVA RENNER DE ÁVILA
PROFESSORA – ANELISE DE ARAUJO PRATES
Comentário sobre o texto “Sala de aula é lugar de brincar”
O texto de Tânia Ramos Fortuna inicia com uma frase de Carlos Drummond de Andrade: “Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo”.
Esta frase já me fez parar para pensar. Eu não brincava com meus alunos, não usava o jogo, nem o teatro e muito pouco a música. Contava histórias, às vezes, contava não, lia, muito mecanicamente. A frase de Drummond fez-me fazer uma retrospectiva de minha prática desde que este semestre iniciou. E vejo que estas disciplinas fizeram muito bem para mim e principalmente para meus alunos. Como um simples jogo de STOP deixou-os felizes e animados durante toda tarde para realizar o restante das atividades!
Como professora substituta no turno da manhã, tive a oportunidade de trabalhar com um primeiro ano por um mês e pude constatar o que Freud diz: “todas as brincadeiras são influenciadas por um desejo que as domina o tempo todo: o desejo de crescer e fazer o que as pessoas crescidas fazem” (ed.orig. 1920: 28). A brincadeira preferida destas crianças é brincar de papai, mamãe e filhinhos, onde o pai sai para trabalhar e a mãe fica em casa cuidando dos filhos. Exatamente como a vida da maioria deles. E eles fazem um verdadeiro teatro!
Na frase onde Klein diz que o brincar “transforma a angústia em prazer” (ed.orig. 19 55), lembrei de meu aluno que teve paralisia cerebral ao nascer e possui uma deficiência física que limita muito as suas atividades. Ele era muito ansioso quanto à alfabetização e meu procedimento para que começasse a entrar neste processo foi através de joguinhos com letras, cartas, números, dados, montagens e quando vimos (eu e ele), já estava reconhecendo as letras do alfabeto, juntando-as e formando palavras simples, tudo através do jogo, do lúdico.
Para que a sala de aula se transforme realmente em lugar de brincar, professores, escola, pais, devem romper paradigmas enraizados ( autoritarismo, manipulação, individualismo, desejo de controle, eu que sei, repressão, conteudismo, desatualização, acomodação...). Somente assim poderemos começar a pensar em nova escola, onde o aluno aprende com prazer.
As tecnologias e a violência levaram nossos alunos para dentro de suas casas. As brincadeiras de rua quase já não podem ser feitas. Precisamos nós, professores, proporcionar estes momentos de brincadeiras e prazer, na escola.
Após tantas leituras e reflexões neste semestre, acredito que estou começando a romper com paradigmas que antes para mim eram verdades imutáveis.
Posso dizer que já estou fazendo a minha parte para compor uma escola melhor e mais prazerosa para nossos alunos.
Cleide Maria da Silva Renner de Ávila
27.11.2007
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA/LICENCIATURA
INTERDISCIPLINA LUDICIDADE E EDUCAÇÃO – D
ALUNA – CLEIDE MARIA DA SILVA RENNER DE ÁVILA
PROFESSORA – ANELISE DE ARAUJO PRATES
Comentário sobre o texto “Sala de aula é lugar de brincar”
O texto de Tânia Ramos Fortuna inicia com uma frase de Carlos Drummond de Andrade: “Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo”.
Esta frase já me fez parar para pensar. Eu não brincava com meus alunos, não usava o jogo, nem o teatro e muito pouco a música. Contava histórias, às vezes, contava não, lia, muito mecanicamente. A frase de Drummond fez-me fazer uma retrospectiva de minha prática desde que este semestre iniciou. E vejo que estas disciplinas fizeram muito bem para mim e principalmente para meus alunos. Como um simples jogo de STOP deixou-os felizes e animados durante toda tarde para realizar o restante das atividades!
Como professora substituta no turno da manhã, tive a oportunidade de trabalhar com um primeiro ano por um mês e pude constatar o que Freud diz: “todas as brincadeiras são influenciadas por um desejo que as domina o tempo todo: o desejo de crescer e fazer o que as pessoas crescidas fazem” (ed.orig. 1920: 28). A brincadeira preferida destas crianças é brincar de papai, mamãe e filhinhos, onde o pai sai para trabalhar e a mãe fica em casa cuidando dos filhos. Exatamente como a vida da maioria deles. E eles fazem um verdadeiro teatro!
Na frase onde Klein diz que o brincar “transforma a angústia em prazer” (ed.orig. 19 55), lembrei de meu aluno que teve paralisia cerebral ao nascer e possui uma deficiência física que limita muito as suas atividades. Ele era muito ansioso quanto à alfabetização e meu procedimento para que começasse a entrar neste processo foi através de joguinhos com letras, cartas, números, dados, montagens e quando vimos (eu e ele), já estava reconhecendo as letras do alfabeto, juntando-as e formando palavras simples, tudo através do jogo, do lúdico.
Para que a sala de aula se transforme realmente em lugar de brincar, professores, escola, pais, devem romper paradigmas enraizados ( autoritarismo, manipulação, individualismo, desejo de controle, eu que sei, repressão, conteudismo, desatualização, acomodação...). Somente assim poderemos começar a pensar em nova escola, onde o aluno aprende com prazer.
As tecnologias e a violência levaram nossos alunos para dentro de suas casas. As brincadeiras de rua quase já não podem ser feitas. Precisamos nós, professores, proporcionar estes momentos de brincadeiras e prazer, na escola.
Após tantas leituras e reflexões neste semestre, acredito que estou começando a romper com paradigmas que antes para mim eram verdades imutáveis.
Posso dizer que já estou fazendo a minha parte para compor uma escola melhor e mais prazerosa para nossos alunos.
Cleide Maria da Silva Renner de Ávila
27.11.2007