8 de novembro de 2010

SÉTIMO SEMESTRE



No sétimo semestre, os conceitos estudados nas interdisciplinas tiveram uma grande relação.
A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, nos trouxe a importância do planejar. Os estudos revelaram que há necessidade de uma reflexão entre professores e direção, unificando os objetivos, a teoria e a prática, para que as ações e estratégias levem ao alcance dos objetivos. Planejar requer questionamentos: para que e para quem se planeja? O planejamento deve estar embasado em referências onde os envolvidos discutam e posicionem-se, optando por ações que elejam a integração, identificando a utilidade deste, que deve ser de atender as necessidades de nossos educandos, para que compreendam a sociedade em que vivem, e que sejam cidadãos capazes de se posicionar em suas comunidades, sejam autônomos, críticos, solidários e sejam livres para fazer as suas escolhas.
A interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos foi muito gostosa, pelo fato de ter trabalhado por quase dez anos com esta modalidade de ensino. Claro que naquela época não tinha os conhecimentos que tenho hoje, pois os poucos cursos que foram oferecidos, não me deram embasamento, mas a minha força de vontade e gosto por trabalhar com adultos me fizeram ir em frente. Um dos trabalhos realizados nesta interdisciplina foi uma entrevista com professores de EJA. E para mim não foi surpresa, ao final da pesquisa, verificar que estes professores não estão preparados para trabalhar com estes alunos. Ou os infantilizam, tratando-os como crianças, ou acham que não tem condições de aprender. No meu conceito de EJA, vejo que estes são alunos que foram excluídos da escola por “n” motivos e aqui entra o planejamento sobre que falava anteriormente: o planejamento para estes alunos deve vir de encontro às suas realidades, assuntos do seu interesse e vivência, para que não desistam dos estudos e sigam com os seus objetivos. Hoje tenho alunos que começaram comigo na Etapa I e se formaram no ensino médio e também uma aluna que está cursando Psicologia na Universidade.
Na interdisciplina de Libras, fiquei encantada com a primeira aula presencial. Primeiro fiquei meio desconfortável quando vi que a professora era surda...porquê??
A medida que aula foi se desenvolvendo, tive que reconhecer que era um pouco de preconceito e outro bastante de ignorância sobre o assunto.
A forma como a professora conseguiu se comunicar com a gente foi incrível. Ouvir suas mãos e gestos, falar sem nada dizer, descobrir que existe caminho para todas as situações foi maravilhoso!
Primeiro tive que fazer desconstruções, como: não se diz surdo/mudo e sim surdo; todos são capazes, basta querer e aprender; LIBRAS é uma língua, e não é um código mundial, é a nossa língua de sinais, assim como o português é nossa língua.
Rimos das piadas da professora, fizemos brincadeiras e foi tudo muito bom e natural.
Aprendi que pessoas surdas tem totais aptidões para qualquer tipo de atividade, apenas as realizam diferentemente de nós e que para qualquer problema existem soluções e caminhos.
A interdisciplina de Linguagem e Educação, em uma de suas atividades, nos levou a pensar ou repensar nossas práticas pedagógicas.
A leitura do Texto 2 – Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006), nos fez concluir que realmente a escola precisa mudar as práticas de letramento que utiliza a escrita e a leitura como algo diferenciado da realidade do aluno. Escola e educadores trabalham textos alheios ao contexto social dos mesmos,não suscitando o interesse.
É muito importante que se priorize a oralidade e as vivências dos alunos, com isso se estará reproduzindo situações do seu cotidiano, que são de seu interesse.
Conversar com os alunos, ouvir suas histórias, brincadeiras, jogos, poesias entre outros recursos, trazem aprendizagens significativas e diversão. Trazer o contexto dos alunos para dentro da sala de aula, aproxima-os da escola e faz com que tenham vontade de saber cada vez mais, despertando a curiosidade e a criatividade de cada um.

17 de outubro de 2010

SEXTO SEMESTRE


O sexto semestre nos trouxe questões importantes sobre a inclusão escolar e a questão étnico-racial nas escolas.
Destaco a interdisciplina de Educação de PNEEs que me trouxe conhecimentos muito importantes. Trabalhei por quatro anos com duas inclusões em minha turma. Foi algo novo para mim, pois não conhecia nada sobre inclusão. Através desta interdisciplina obtive informações sobre as quais não tinha conhecimento e que se soubesse na época, poderia ter ajudado muito mais meus dois alunos. Considero que a inclusão pela inclusão somente, não surte efeitos. Há necessidade da preparação dos professores para que tenham condições de trabalhar com estes alunos especiais.
Na interdisciplina de Filosofia da Educação, trabalhamos sobre o conflito moral, com o qual muitas vezes nos deparamos na escola e temos dificuldades em resolver. Esta questão ficou clara, nos dando suporte para resolver algumas questões que enfrentamos frente aos alunos.
Na interdisciplina de Questões étnico Raciais, concluí que nós professores, como formadores de opinião, devemos trabalhar muito a questão do preconceito com nossos alunos. A criança às vezes não tem a maldade para com os colegas, porém alguns trazem de casa conceitos bem desenvolvidos, que devem ser muito bem trabalhados pelo professor.
Na interdisciplina de Psicologia II, trabalhamos sobre a importância da construção do conhecimento, pois quanto mais estimulado o aluno estiver, mais interesse terá em construir a sua aprendizagem e inovar na forma de fazê-lo.

QUINTO SEMESTRE


No quinto semestre trabalhamos diferentes atividades. Destaco a organização e desenvolvimento de um Projeto de Aprendizagem na interdisciplina do Seminário Integrador. Em grupo, desenvolvemos o Projeto: “Por que os olhos tem cores diferentes? Através deste projeto, descobrimos diferentes peculiaridades sobre a cor dos olhos e também constatamos, algo que para mim parecia quase impossível, realizar um trabalho em grupo virtualmente, ou seja, sem o grupo se encontrar. Para mim uma experiência nova e que considero, hoje, totalmente viável de fazer. O envolvimento dos componentes do grupo foi muito bom e considero que realizamos um excelente trabalho.
Na interdisciplina de Psicologia, também organizamos um Projeto: Prazeres da Vida Adulta, onde através de entrevistas com, comparamos os prazeres desta fase da vida com a adolescência. As entrevistas foram surpreendentes e pudemos constatar que na fase adulta, nos centramos muito mais em nossa família e buscamos o equilíbrio emocional, tornando nossos familiares o centro de nosso convívio e preocupações.
A realização destes PAs contribuiu muito para a minha aprendizagem, principalmente na questão da pesquisa, que hoje é o foco do meu TCC. Trabalhar com projetos, é uma proposta que garante a flexibilidade e a diversidade da experiência educativa. Este tipo de trabalho deve atender a curiosidade e interesse dos alunos, o que torna a aprendizagem muito mais prazerosa e interessante.
Nas interdisciplinas de Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação realizamos reflexões sobre a gestão democrática na educação, que deve ser construída por todos os sujeitos pertencentes à comunidade escolar. Entendo gestão democrática, como uma forma de oferecer uma educação de qualidade onde todos tomem parte das decisões e ações relativas ao ensino e ao funcionamento da escola.

10 de outubro de 2010

QUARTO SEMESTRE


Retomando os estudos do terceiro semestre do curso, destaco como mais marcante a interdisciplina de Ciências, pois a mesma proporcionou modificações no meu trabalho como professora.
A partir das atividades realizadas e das aulas passei a colocar em prática novas maneiras de trabalhar a disciplina de Ciências com os alunos, independente da série ou ano.
Nestes estudos percebi a importância de se trabalhar com os conhecimentos prévios dos alunos sobre os conteúdos estudados, e a partir disto, desenvolver atividades significativas para eles, ou seja, atividades que fazem parte de sua vivência.
Também destaco a importância de se trabalhar com o corpo dos alunos, enfatizando que estudar Ciências está ligado ao que vivemos, sentimos, vemos, enfim, estudar Ciências é compreender o funcionamento do nosso corpo e do mundo no qual vivemos e estamos inseridos.
Realizar atividades práticas como ouvir os batimentos do coração, a pulsação, analisar as sombras num dia de sol, observar as mudanças que ocorrem com as mudanças das estações, tornam os estudos prazerosos e interessantes para os alunos, não importando a idade ou série em que se encontram.

TERCEIRO SEMESTRE


Neste semestre as interdisciplinas estavam interligadas e as atividades e leituras serviram para reflexão acerca da minha vida pessoal e profissional.
A experiência de visitar a Bienal foi muito importante para a minha compreensão sobre arte. A interdisciplina de Artes Visuais destacou o valor dos diferentes tipos de arte, salientando o entendimento de que tudo é arte, basta que tenhamos o olhar certo.
Na interdisciplina de Teatro, tive a compreensão que todos podem improvisar e atuar, porém dentro das suas limitações. Posso tentar fazer com que meu aluno atue, porém devo respeitá-lo se não quiser fazê-lo. Posso verificar por mim, pois não gosto de estar exposta em um palco, porém adoro ver atuações de pessoas que tem este dom.
A interdisciplina de Ludicidade e Educação evidenciou a importância da brincadeira na aprendizagem. Nesta interdisciplina realizamos o fórum dos sonhos e percebi que como eu muitas pessoas são cheias de sonhos. Sonhamos sempre almejando uma vida melhor. Se não tivermos sonhos, nossa vida não tem sentido.
A interdisciplina de Música foi prazerosa de trabalhar com os alunos. Para mim foi muito bom também, pois sempre gostei de trabalhar com música em minhas aulas. A partir das atividades e leituras pude refletir sobre a qualidade das músicas atuais e conversar com os alunos sobre saber escolher aquilo que queremos ouvir.
Na interdisciplina de Literatura Infantil pude compreender a importância da contação de histórias, o valor da forma de contar, com entonação, estímulo, entusiasmo. Nossa dedicação ao contar uma história, fortalece o gosto pela leitura e escrita. Boas histórias chamam a atenção e despertam o interesse dos alunos.
Posso dizer que este semestre foi um retorno à minha infância, comprovando que o lúdico é essencial para a criatividade e o desenvolvimento das crianças. Elas tem necessidade de brincar, cantar, se divertir, para que o processo de aprender seja eficaz e interessante.

5 de outubro de 2010

SEGUNDO SEMESTRE



O segundo semestre marcou pelas aprendizagens na interdisciplina de Psicologia. Lembrei vagamente que durante o Magistério havíamos estudado sobre o assunto...ahhh....se tivesse estudado mais...agora teria sido mais fácil e talvez o meu conhecimento anterior tivesse ajudado. As fases...as idades....como eleboram suas aprendizagens...como ocorre o seu crescimento. Os estudos contribuíram muito para o meu entendimento como profissional.

Também na interdisciplina Fundamentos da Alfabetização, o aprendizado foi significativo, inclusive mudando minha concepção sobre alfabetização, pois não me considero alfabetizadora e não gostava de trabalhar com primeira série, ou hoje segundo ano.

Neste ano de 2010, como professora Regente 2, trabalho com dois segundos anos e vejo que minha prática mudou, pois estou gostando muito de trabalhar com estas turmas e achando maravilhoso ver estas crianças crescendo dia-a-dia na leitura e escrita.

1 de outubro de 2010

PRIMEIRO SEMESTRE



Depois de muitos anos afastada da universidade, em 2006 deparei-me com o anúncio que a prefeitura de São Leopoldo faria uma parceria com a UFRGS para os professores sem formação. Levei alguns dias para decidir, pensando que não passaria no vestibular, mas por influência de várias pessoas, familiares, amigos, colegas, optei por tentar. Dei uma estudada em Português e mais com a cara e coragem prestei o vestibular e para minha surpresa, passei.

Em agosto fui satisfeita e curiosa para a primeira aula presencial. Muitas expectativas e angústias sobre o que viria.

Primeiro uma descoberta do desconhecido...tinha computador em casa, mas não sabia nem ligar. Foi um tal de desvendar blogs, pbwikis, rooda, enviar e-mails...sem saber nada...pedindo ajuda em casa, para as colegas, tutoras. Às vezes uma vontade de desistir.

Neste semestre entraram as interdisciplinas EPPPC e ECS.

A primeira com reflexões sobre o PPP, que na na época estávamos reformulando na escola. Os estudos fizeram com que eu tivesse uma participação maior, mais interesse e olhasse com olhar mais crítico o que estava sendo reformulado. Pude contribuir com muito mais qualidade no trabalho realizado na escola.

A segunda com construção de Blog individual e coletivo,textos que considerava difíceis de compreender, me levando a reconsiderar o que é realmente estudar e interpretar.

Neste semestre também a interdisciplina de Tecnologias me angustiou e roubou noites de sono. Fui tateando durante as atividades, sempre pedindo uma ajuda aqui outra ali. Mas sempre me superando e vencendo as barreiras. Aprendendo que só se aprende tentando.

O primeiro semestre marcou pela nova condição de estudante, pois houve a necessidade de adaptação. Trabalhando sessenta horas, precisei coordenar meus horários e muito da compreensão da família. Também foi muito importante a união com as colegas, nas trocas, auxílios e angústias divididas.

13 de junho de 2010

FIM DE ESTÁGIO...






Fim de estágio. Mais uma estapa concluída de uma reta que está chegando ao fim.
Foram muitas aprendizagens nestas nove semanas.
Vivenciei momentos únicos neste período. Realizei atividades sempre pensadas, mas nunca concluídas, provavelmente por acomodação ou por falta de incentivo. A convivência com profissionais acomodados, nos torna iguais. E quando tentamos o novo, não superamos as críticas e voltamos à mesmice.
Lá se vão quatro anos de estudos. Neste tempo, fui mudando a minha prática com leves pinceladas e via os olhares desestimuladores quando falava alguma coisa que iria realizar com os alunos. Mas não desisti, segui firme na minha proposta de mudança e atualização.
O estágio só veio confirmar algo que sempre imaginei: somos fios condutores para os alunos, mas não a tomada que os liga ao mundo.
Segundo Paulo Freire, "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."
Esta é uma lição que aprendi e vivenciei. Não sou eu quem ensina, aprendemos juntos.
A última semana de estágio foi maravilhosa e culminou com a visita da escritora Liliane Greuner, que nos deixou a lição de que quando sonhamos, devemos acreditar.




28 de maio de 2010

RESPOSTA PARA A POSTAGEM DE 15 DE MAIO

Patrícia, a postagem que fiz no dia 15 de maio, sobre as mudanças de minhas convicções, com certeza são frutos do meu ingresso no PEAD. Em várias situações já afirmei que venho mudando minha prática pedagógica. E agora, aplicando tudo o que aprendi no estágio, só posso confirmar que o curso foi fundamental para estas mudanças. Repito aqui o que escrevi na minha reflexão desta semana: " Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre tem um dono. Deixam de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado." (Rubem Alves)
Minha reflexão desta semana é em cima desta citação de Rubem Alves. Que escola quero para meus alunos? Pássaros presos ou livres? Acredito que antes de começar a Pedagogia na UFRGS, mantinha meus pássaros presos, ou deixava as gaiolas muito tempo fechadas. Hoje tenho a convicção que meus pássaros precisam voar. Sei que não posso ensiná-los a voar, pois isto está denro deles, porém, posso conduzí-los para o voo, deixá-los livres para fazerem suas escolhas. Quero dizer com isso, que os alunos podem ser autônomos em suas aprendizagens. Basta encorajá-los, mostrar-lhes o caminho.
Como diz Piaget: "O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações- problemas".

22 de maio de 2010

SOMOS TODOS APRENDIZES


LIVRO INDIVIDUAL

SACOLA DA LEITURA

Somos todos aprendizes. Não importa o tempo ou a situação. Esta semana, organizei com os alunos a SACOLA DA LEITURA. Esta sacola, será levada para casa, cada dia por um aluno, que é escolhido por sorteio. A sacola contém: o Jornal VS do dia, um livro de poesias, um livro de contos, um livro com história infantil e o livro individual do aluno, onde constam suas produções.
Na minha concepção, achei que esta sacola da leitura faria muito sucesso nas famílias, pois poderiam ler com e para seus filhos e ainda seria um momento de reunão da família. Um momento de incentivo, de vibração ao ver as produções da criança.
Entre os alunos, na sala, ela fez sucesso. Eles vibram sempre na hora do sorteio, mas para minha surpresa, nas famílias a sacola não teve o efeito que eu esperava. Sempre pergunto à criança, no dia seguinte, como foi em casa. São pouquíssimos os pais que se interessam em olhar a sacola, verificar seu conteúdo e ler com os filhos. Muitos nem olham, segundo as crianças. Vejo nelas, quando falam, um pouco de decepção.
Para mim, uma aprendizagem. Pensei que estaria fazendo uma coisa muito boa para as famílias e me enganei. Mas não desisti. A sacola continuará indo para casa todos os dias, porém, a partir da próxima semana, em todo início de manhã, lerei para os alunos uma reportagem do jornal, algo interessante, sobre nossa cidade. Assim, talvez a criança chegue em casa e mostre e leia para alguém da família, estimulando a mais leitura.
Para Vygotsky, " a interação social tem papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e os adultos tem papel importante ao mediar o conhecimento cultural para as crianças e ajudá-las a adquiri-lo." (Usha Goswami, Revista Pátio, abril/2009). A citação só vem comprovar que nós adultos, sejam professores ou familiares precisam e devem incentivar os pequenos no seu crescimento intelectual e considero o exemplo uma das melhores formas.

15 de maio de 2010

COMPARTILHANDO COM COLEGAS

Nesta semana estava conversando com uma colega e ela reclamava do quão difícil está de trabalhar com uma determinada turma da escola. Reclamação esta que é de todos os professores que ali atuam. Ela dizia, e eu sempre vejo, que quase todos os dias, o supervisor ou a direção tem que entrar para colocar ordem na turma. São rebeldes, mal educados com os professores e não querem nada com nada.
Ouvia colega e depois falei. Perguntei a ela se já haviam tentado mudar a metodologia com a turma, pois são alunos com distorção idade/série e talvez algumas mudanças fizessem bem a eles. São alunos que não querem mais o "feijão com arroz". Disse a ela, que talvez mudar as técnicas, os recursos, levar novidades, ajudassem a melhorar a turma.
Talvez em outra época eu não tivesse dito isto a ela, mas hoje, como já afirmei antes, tenho modificado muito minhas convicções sobre ensino/aprendizagem. O estágio está sendo um grande aprendizado.
Vê-se claramente em meus alunos pequenos, que as mudanças, até agora só tem ajudado e melhorado, por que com esta turma também não poderia dar certo?
Inclusive disse a minha colega, que talvez estivessem precisando de mais atenção, carinho, uma boa conversa. Alguém que lhes diga o caminho. Talvez estejam somente um pouco perdidos.
Não sei se minha conversa com ela vai ter retorno, Muitos de nossos colegas consideram algumas metodologias, técnicas, recusrsos, inviáveis de serem aplicados, porém a prova de que isto não é verdade, estou tendo neste meu momento profissional.
Como diz Fernando Hernández, "Sabemos que se aprende melhor quando os aprendizes se sentem envolvidos no que aprendem". Será que os conteúdos que estão sendo desenvolvidos nesta tuma são interessantes para eles? Ou, a forma como eles estão sendo desenvolvidos lhes é atraente, ao ponto de quererem participar das aulas?
Se o envolvimento e o interesse não forem das duas partes- professor/aluno- não haverá aprendizagem por parte de um nem de outro.
Este fato ocorreu fora da minha sala de aula, mas foi um momento em que pude demonstrar minha vivência atual e o que aprendi durante o curso.

10 de maio de 2010

CONHECENDO OS ALUNOS

As tias, com o cartãozinho para as mães que as crianças fizeram para as funcionárias e professoras.


Nesta semana minha temática foi MÃE - RESPONSABILIDADE - PROFISSÕES. Falamos muito nas mães responsáveis por suas famílias, mães que trabalham fora e as que não trabalham. Com esta temática, aprendi a conhecer muito melhor meus alunos. Eles se abriram, contando suas situações familiares. Em nossa comunidade não é costume a família frequentar a escola, então não temos este tipo de informação dos alunos, a não ser que eles contem, mas nem sempre gotam de falar sobre o assunto. A semana foi de muita interação entre os alunos comigo e também com os colegas. Contaram suas histórias, como um desabafo. Eu fiquei surpresa, sabia que ali na turma tem muitas famílias separadas, mas não imaginava algumas situações que foram relatadas.

Tentei mostrar aos alunos, que hoje as famílias não são mais aquelas tradicionais, onde vivem juntos pai, mãe e filhos e que hoje, muitas mães são responsáveis pelo sustento de seus filhos e que são guerreiras dentro de suas profissões.

Trazer as suas histórias de vida, foi bom para os alunos e gratificante para mim.

Segundo Fernando Hernández, em entrevista à Revista Pátio de abril/2009, "sabemos que se aprende melhor: quando os aprendizes se sentem envolvidos no que aprendem; quando se descobre o mundo em companhia de outros". Nesta semana, com certeza os alunos se sentiram envolvidos no assunto e também se sentiram a vontade em falar, pois viram que uma história era parecida com a do outro.

Realmente posso afirmar que juntos se aprende melhor e com muito mais prazer!


1 de maio de 2010

ATIVIDADES QUE REALIZAMOS NESTA SEMANA

ENTREGA DE UMA CARTA À DIREÇÃO
(Com ações concretas que podem ser realizadas na escola para diminuir o lixo, a sujeira e a depredação)

AULA NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA




AULA COM DATA SHOW





CONFECÇÃO DO PRESENTE DAS MÃES(ainda não está pronto)
Também construímos um Blog: http://qzaira.blogspot.com/ , se quiseres visitar, já iniciamos as postagens.






PROJETOS PEDAGÓGICOS?

Pois é Patrícia...aí é que está o problema....nunca trabalhei com projetos e na realidade não sei se a forma como estou trabalhando caracteriza um projeto pedagógico.
Estou desenvolvendo meu trabalho através da temática: " O despertar da leitura através da problematização do mundo". A partir deste tema pretendo que os alunos adquiram o gosto pela leitura, pela produção de textos e a consciência pela preservação, reconhecendo que fazemos parte de um mundo que tem uma diversidade de problemas que afetam as pessoas em geral, mas que podem ser contornados ou solucionados com a boa vontade e a participação ativa de todos. Que todos somos responsáveis pela conservação e a continuidade da existência de nosso planeta.
Dentro desta temática, numa explosão de idéias, os alunos levantaram várias questões, como poluição, preconceito, valores, discriminação, profissões, entre outras. Então, estou trabalhando as questóes semanalmente, tentando colocar "uma questão dentro da outra".
Segundo Rubens Alves, "O mestre não é aquele que anuncia saberes, é aquele que seduz seus aprendizes para o fascínio do mundo." Acredito que esta frase se encaixa bem no meu momento, pois sinto nos alunos um fascínio e uma grande vontade de aprender. Os comentários são gartificantes. Ouço frases como: "Ah já tá na hora de ir embora? A aula tá tão boa!"
Pelo que tenho observado, tenho convicção que meus alunos estão fascinados por esta forma de aprender. As pesquisas, os debates, a interação com os grupos, as atividades realizadas em casa com o auxílio da família estão fazendo com que já saibam as respostas aos questionamentos feitos ou a dúvidas surgidas. Inclusive conceitos já estudados são resolvidos e expostos com mais clareza. Os alunos estão muito mais participativos. Tenho certeza que este estágio está fazendo a diferença tanto para mim como educadora, quanto para os alunos.

24 de abril de 2010

NOSSA SEMANA









Sempre acreditei que nós professores devemos estar constantemente nos atualizando, para oferecer o melhor aos nossos alunos.
O trabalho com projetos nunca foi o meu forte! Porém, se o trabalho que estou fazendo, realmente é trabalhar com projeto, estou realizada!!!!! Tenho colocado estas questões nas minhas reflexões semanais, mas ainda não obtive uma resposta ou orientação.Mas se a forma como estou conduzindo o trabalho estiver no caminho certo, vou querer trabalhar sempre desta forma.
Este trabalho está me proporcionando energia, vontade de fazer cada vez mais e um entusiasmo muito grande. A semana passa muito rápido!!!! E tudo é muito gostoso!!! A alegria dos alunos, a interação, a participação e o entusiasmo na realização das atividades. Estou muito feliz!!!! E vejo isto também nos meus alunos!












19 de abril de 2010

PRIMEIRA SEMANA DE ESTÁGIO

Limpando o pátio da escola

Maquetes


Trabalho em grupo





Foi uma semana de aprendizagens: minhas e principalmente dos alunos.
Como já afirmei outras vezes, nunca trabalhei com projetos. Não sou uma professora tradicional, gosto de descobrir novidades que contribuam para a aprendizagem dos meus alunos. Porém, este estágio está sendo um desafio!!
Mas a primeira semana passou e pude perceber que meus alunos gostaram do que foi proposto. Foi bom vê-los se organizando em grupos para a realização dos trabalhos. Vê-los lendo orgulhosos suas produções e mais ainda, a grande participação nas construções de textos coletivos.
Não sei se esta forma que estou dando andamento ao Projeto é a correta, porém estou tentando e gostando. E ver a satisfação dos alunos é muito bom.










13 de abril de 2010

SEM PESQUISA NÃO SE APRENDE




Primeiros dias de estágio. Mesmo com tanto tempo de Magistério ainda dá um friozinho na barriga, uma ansiedade. Mas tudo bem, daqui a pouco tudo volta ao normal.
Passei boa parte do fim de semana, da tarde e parte da noite de segunda-feira elaborando meu Projeto de Estágio.
Todos os anos, na escola, elaboramos objetivos, falamos de avaliação, revemos o Projeto Político Pedagógico, discutimos textos, mas não havia me dado conta de como tudo é complexo quando precisamos colocar no papel e teorizar.
Para escrever meu Projeto de Estágio, busquei os textos estudados, PCNs, revistas pedagógicas, para argumentar minhas afirmações. Quanta leitura!!!!! E a grande descoberta: por mais que saibamos, por mais experiência que se tenha, sempre há a necessidade da pesquisa, da busca, da comprovação.




5 de abril de 2010

REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO




“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino”. Paulo Freire





Segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1999), estágio é “aprendizado, exercício, prática, tirocínio. Situação transitória, de preparação. Aprendizado de especialização que alguém faz numa repartição pública ou particular”. (p. 827).
Neste momento de reflexão que antecede o estágio, devo concordar com a definição da palavra quando diz que é APRENDIZADO, pois com certeza sempre que estamos em frente a uma turma de alunos, a troca é evidente. É EXERCÍCIO, pois é o momento de revelar as aprendizagens adquiridas ao longo dos semestres anteriores. Com certeza é PRÁTICA, pois neste período também aplicarei a minha experiência de trinta anos de magistério. É TIROCÍNIO, pois muitas situações deverão ser resolvidas pela nossa capacidade de percepção, de discernimento. Conhecer a turma, já que trabalho com ela, acredito que vai facilitar muito o meu trabalho, mas mesmo assim não me deixa tranqüila.
A sala de aula é um espaço privilegiado para as trocas de saberes e de confronto entre a teoria e a prática educativa. A fase de estágio é realmente um momento muito oportuno de aprendizagens, permitindo vivenciar uma série de atividades educacionais, sentir o calor humano da sala de aula, provocando uma reflexão e aprimoramento enquanto educadora.
A idéia do professor reflexivo se manifesta no pressuposto de que o ser humano é um ser criativo e não um mero executor de idéias e práticas que lhe são exteriores. Nessa perspectiva posso dizer que diante da incerteza e imprevisibilidade do seu trabalho, o educador deve agir de modo inteligente e flexível.
Assim, educar não é transmitir de forma mecânica e enfadonha os conteúdos, é preciso que a prática docente esteja pautada na ação-reflexão-ação, ou seja, agir para refletir e refletir para agir. Educar é algo de extrema importância, quando percebemos a educação não como local de reprodução de conhecimentos, mas momento de construção de saberes para formar sujeitos críticos e ativos para a sociedade. Ainda posso dizer que é pela reflexão que se abrem novos caminhos para a prática docente evitando a simples reprodução do modo de ensinar conhecido na minha infância.
Desse modo, nesta semana, procurei refletir e analisar as dificuldades encontradas na sala de aula para que assim pudesse melhor compreender e reconstruir minha prática, na intenção de melhorar o processo de aprendizagem dos meus alunos.

26 de março de 2010


Só depende de nós...
Autor: Charles Chaplin

"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem apoluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando odesperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas
amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.Tudo depende só de mim."

NOVA ETAPA


Mais um semestre...e este carregado de emoções, ansiedades e um objetivo: concluir o estágio com muito sucesso.
Os outros passaram...foram ...deixaram muitas aprendizagens. Agora é ficar inteira e forte para atingir o grande objetivo deste semestre.
Sucesso para todos nós!!!!!